terça-feira, 18 de maio de 2010

Reis dos ventos.


Moinhos de reis.



Quadrados de dama
me fizeram olhar em branco e preto
a estampa em seus olhos,
em uma interrogação,
de um estar alí ou lá.
Serias tu a Dulcinéia
de um quixote
sem moinhos?
Ou a Guinevere de uma Camelot
existente só em mim?
Quantos dias de brumas cinzentas
me fizeram galopar em pensamentos
na busca de um moinho encantado
que me fizesse degladiar por um motivo
que vieste de seu olhar.
Me perderia só por um momento em
vertido silêncio de me ver em ti
com cores vivas, em lanças manchadas
de seiva de amor apaixonado.
Mas em sua visão, aparições Merlinadas
desencantavam as tais brumas,
me tornando um escudo aparador de ventos,
me fazendo crer que os sonhos quixoteados
em esperas, jamais seriam
cavaleiros
de histórias opostas
em quereres advindos de vontades.

Na mistura de sonhos vagos, me vi em cores
fortes, pelo seu olhar parado a me interrogar
no mesmo instante que o meu caiu por terra,
na descrença de um lugar que só existe
em corações sofridos pelas cruzadas
sem glórias de premiações.


Fiquem com Deus e tenham muita Paz.

Beto Ribeiro

2 comentários:

Verônica Cobas disse...

Oi, Beto querido

Menestrel quixotesco, não se arrependa de crer ou ouvir moinhos. Não há erro, não há equívoco em seguir nesse caminho. Talvez tropeços, avaliações equivocadas, expectativas não correspondidas. Mas se não viver, ainda que o sonho, como saber.

Não desista, não. beijo grande

Unknown disse...

Ei Betão!!

Linda poesia e salva no pc.

Beijão!!