quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Caminhando na luz, irmã!!!!


Uma história de amor!


Já não me impressionava mais, a quantidade de pessoas naquele minúsculo recinto, uns circulando sem saber onde parar, outros em uma paz profunda e também outros mais, em suas variadas formas de grupos, enfim, todos a tornarem-se presentes para uma lista de chamada em ordem e vez de chegada.

Eu e minha parceira de trabalho, pouco afastados dali, coesos em concentração plena, sentados frente a frente, estávamos em comunhão com o astral, para a conversa amistosa da sexta à noite. Buscávamos a verdade na mais sutil audição, com os amigos invisíveis a nos darem suporte ao possível ato de abnegação e doação do amar fraternal.
Estávamos bem, como de costume, e contemplávamos em oração o silêncio que preencheu o espaço restante, silêncio vindo de nossos corações, em súplicas aos irmãos compadres, que em sutil embelezamentos de azul, envolveu-nos, dispostos pelas luminosidade daquela força, vinda de todos os lados, em comunhão plena de amor..
Nesta hora então, deu-se um cantar de graças aos ceus, para que o nossos espíritos pudessem se preparar à chegada dos irmão desencarnados.

Antes da chegada do invisível, energia comovente de angústia com pinceladas de ódio, teceu-se em meu íntimo. Posicionado para amistosa conversa engrandecedora, senti arder de súbito meu corpo em torrente de lamúria e baixo teor de fluido vital.
Meu físico e como não o perispiritual, transformaram-se em puro condutor de energia insana, opaca ao amor, ensandecida de ingratidão aos amigos astrais, enfim, energia cega aos mais puros olhos de perdão.
Me senti torpedeado por uma força energética incomum, e a respostas da minha parceira de trabalho veio de imediato, e a irmãzinha - vista como tal pela família universal - se fez presente em comunicação arrebatadora de questionamentos descompromissados:

-- O que estou eu fazendo aqui? Que lugar é este onde todos perecem iguais?
Negros misturados aos brancos? Que horror!

-- Bem-vindo (espírito), a esta casa de oração e amor aos necessitados. Posso lhe ser útil?

-- Como me seria útil, se não preciso de nada. Pois quando quero, mando e pronto!

-- Mas todos necessitamos de alguma coisa. E o Pai em sua misericórdia infinda, nos concede a graça a todo momento.

-- Que coisa descabida, você me fala. Como posso precisar de alguma coisa dessas pessoas inferiores.

Me dizendo estas palavras em meio às gargalhadas de quem perde a razão, pelo desconhecimento e nervoso ao novo.

-- Somos todos iguais perante a Lei de Deus, a Lei Universal. E tanto necessita de algo mais, que está se utilizando de uma outra pessoa, para podermos manter uma comunicação. Entende?

E sua violenta ira interior, deu sinais naquele momento torpe.
Quantas palavras pequenas, banhadas por feroz energia delituosa foram proferidas, de tal ordem, que somente amigos invisíveis de luz branca, poderiam nos dar respaldo para esse ato, sendo assim, neste momento, me fiz entrar em profunda oração, recorrendo imediatamente ao auxílio desses amigos presentes.

Uma paz animadora tomou conta do meu íntimo, e agraciado pela misericórdia divina, pude provar a presença desses amigos de pura luz. Mostraram-me em recurso etérico, através de tela mental, momentos íntimos desta agora irmã, talvez guardados em sua lembrança por décadas. Momentos de solidão de sentimentos, onde pude presenciar sua forma de vestir, penteado e local de moradia, quando então encarnada.

Impressionante!
Vi nitidamente que trajava vestido comprido, totalmente negro, de botões até o pescoço, cabelos em um branco amarelado, formando coque no alto da cabeça, que misturados à sua pele alva, como novelo de lã limpa, transfigurava-lhe a aparência.

Senti também, a angústia dessa pessoa desencarnada, quando em época distante, sentada estava, em frente a um enorme espelho postado em uma penteadeira rústica, de cor canela e com pouco brilho, em momento de solitude, onde um profundo rancor, um quase ódio se dava em relação aos negros de sua propriedade. Negros que subjugados ao seu humor, por vezes perdiam a vida através do açoite.

Me ocorreu então mencionar, por força de comunicação mental, o que me foi no momento permitido visualizar. E qual foi a surpresa?!!!
O pranto desta dama senhora se deu ao escutar aquelas palavras ditas por mim, de forma compassada e amena.
Sem ter como se afastar do grande tribunal geral da consciência, transportou-se ao mais longe dos sentimentos perdidos de amor, em meio ao porque de não ter acabado tudo com a morte. Mas que morte? Engano se fez...
E o mais lindo foi notar também, a presença de um negro forte, ancião, bonito no alto de seus 70 anos, a estender-lhe a mão, com o mais puro amor amigo, de estar pronto a condução luminosa do saber libertador.
Mas como se convencer da existência de tudo isso?
Como aceitar que nada modificou com a derrota do corpo físico, para a fatal falta de força quando a chegada da morte terrena?
Nem mesmo o costume da chamar a Deus tinha mais, tamanha era a sua força de crueldade insana. Silêncio imenso se deu...
E por terra foi-se a dor, que contida durante tanto tempo, começou a dar vazão ao cultivar do sentimento contrário, ao que por poucas vezes deixava voluntariamente aflorar em forma de defesa. Amor!
Em choro copiosamente redentor, deu-se a aceitação da mão estendida para auxiliá-la nesta nova conquista, e a mim, a nós pois sim, o júbilo renovador, a alegria agradável do retorno de um trabalho amparado pela força do amar, apenas do amar...

Meus olhos e mãos, fluíam energia em forma de ectoplasma a me deixar em posição nova, olhava nos olhos da minha companheira e constatava a grandiosidade da oportunidade a nós concedida naquele momento de pura apreciação do amor se materializando, através de palavras e gestos. Fomos por mais uma vez privilegiados. Sim, contemplados com um ser em busca de um caminho, e que através deste amor, pudéssemos ter uma pequena participação no todo de um trabalho caridoso.

E a luz se fez de caminho, o caminhar se deu a contento, os pares se fizeram presente na harmonia de ter um amigo  fortalecido com amor divino, em mananciais de ternura posta em disposição para o engrandecimento da fraternidade universal...

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Olá pessoal!!!
Uns acreditarão nesta história, outros menos, porém, tentemos apenas fazer como Ele nos ensinou.
Acreditemos naquilo que não podemos ver, mas podemos sentir em nosso íntimo.
Aprendamos pois, a ter Fé!

Beijo grande e fiquem com Deus!

Beto Ribeiro.

7 comentários:

Luiz Eduardo disse...

Meu amigo, isso foi passado pela espiritualidade ou faz parte do nosso cotidiano de toda sexta-feira?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Muito bom véio , vc está se superando, parabéns!!

Beto Ribeiro disse...

Fala Dudu!!!
Sei lá Cara, só sei que o texto vem e eu toco pra frente.
kkkkkkkkkkkk
Beijo grande irmão!!!

Gabriel N. Inchausp disse...

Muito bom trabalho,camarada!

Parabéns e grande abraço!

Líbia Caetano disse...

Poderia citar inumeras palavras para descrever tal leitura, mas nenhuma seria fidedigna ao sentimento de quem escreve e de quem lê.


Beijão!!

Beto Ribeiro disse...

Gabriel e Líbia!!!

Valeu!!!! Obrigado de coração.

Fiquem com Deus!

Unknown disse...

Nao sei mesmo o que dizez..nao desacredito,mais agradeco por compartilbar
Bj






Mpartilb





Anônimo disse...

Meu comentário a respeito do texto é simples: emocionante! Parabéns!