terça-feira, 26 de abril de 2011

Desdobramento...

Nossa... que isso???
Sem esbravejar levantei-me então e me coloquei a fazer o que me parecia normal e corriqueiro, dobrar aquelas roupas esfarrapadas e mulambentas, mas que naquele momento me parecia um casaco de realeza.
Era um canto sujo, em uma rua desnuda de beleza natural, a me rodear somente coisas velhas, latas, jornais rasgados, e o ceu a me servir de telhado.
E o estranho foi me perceber familiarizado com aquele ambiente...
Muro esculpido em tijolo antigo, calçada reta e larga de construção firme, leve inclinação para a direta e a rua me mostrava o seu final.
Ao longe uma figura iluminada por luz artificial me observava, sem movimentos de aprovação ou reprovação, apenas estático. Magro, em casaco de cor escura, e tom esbranquiçado de pele, eram as características marcantes deste indivíduo que a mim fitava, calma e longamente, como se me esperasse mover peças em jogo de xadrez.
"- Vai é sua vez agora."
Uma voz latente em meu cérebro gritava. Fazer o que naquele momento noturno, de nem saber direito de onde vinha, só me era correto que eu estivesse alí  naquela hora.
Fiz então o que parecia  normal, pendurei uma bolsa meio suja nas costas e me coloquei a descer a rampa lateral que me ligava ao final da rua, da casa, ou da calçada, sublime calçada que me dava guarida naquela noite fria.
Enquanto descia, nenhum medo me era aparente, me tornava parte daquele ambiente, inóspito aos olhos, porém palaciano aos seres que encontravam-se ao montes espalhados por macas, camas, ou sei lá o que.
E ao me afastar, em meu ombro senti um leve toque, e uma voz soar bem forte, como se fosse ordem: "- E então irmão, vai fazer a sua parte ou não? Irá deixá-los assim? O trabalho se faz necessário."
Me virei, olhei claramente um homem igual a mim, com uma espécie de gorro na cabeça, olhando um outro deitado dormindo com tanta atenção no olhar. Era uma espécie de enfermeiro. O outro que estava deitado vestia trajes iguais aos nossos.
Neste momento parece que lembrei como por encanto, o que tinha ido fazer ali, senti uma necessidade premente de me fazer um trabalhador auxiliando ao que fosse necessário, e que me fizesse presente em todos os momentos que eu fosse solicitado ao auxílio espiritual, aqui ou lá, em que lugar fosse, com que roupa trajasse, mas que fosse com o coração puro e com sentido do bem.
Voltei então como de estalo, me percebi ainda sonolento em minha própria casa.

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Olá amigos!!!
Talvez estejam achando estranho um relato deste na abertura do post de hoje, porém, foi fato real, em uma noite dessas. Uns acharão sonho, outros acharão puro delírio, mas o correto é que isso foi um fato concreto de desdobramento, um fenômeno normalíssimo,  e que resolvi partilhar com vocês neste dia.
Para os que ainda não tiveram a oportunidade de entender do que se trata o desdobramento, colocarei um texto abaixo, explicando e elucidando talvez o questionamento de alguns irmão, e para os que estudam e dividem comigo as mesmas crenças e opiniões, um pouco mais de recursos ao aprendizado.

Atividade Noturna do Espírito



Durante o sono o Espírito desprende-se do corpo; devido aos laços fluídicos estarem mais tênues. A noite é um longo período em que está livre para agir noutro plano de existência. Porém, variam os graus de desprendimento e lucidez. Nem todos se afastam do seu corpo, mas permanecem no ambiente doméstico; temem fazê-lo, sentir-se-iam constrangidos num meio estranho (aparentemente).

Outros movimentam-se no plano espiritual, mas suas atividades e compressões dependem do nível de elevação. O princípio que rege a permanência fora do corpo é o da afinidade moral, expressa, conforme a explanação anterior, por meio da afinidade vibratória ou sintonia.
O espírito será atraído para regiões e companhias que estejam harmonizadas e sintonizadas com ele através das ações, pensamentos, instruções, desejos e intenções, ou seja, impulsos predominantes. Podendo assim, subir mais ou se degradar mais.

Desdobramento
É o nome que se dá o fenômeno de exteriorização do corpo espiritual ou perispírito.

O perispírito ainda ligado ao corpo, distancia-se do mesmo, fazendo agora parte do mundo espiritual, ainda que esteja ligado ao corpo por fios fluídicos. Fenômenos estes, naturais que repousam sobre as propriedades do perispírito, sua capacidade de exteriorizar-se, irradiar-se, sobre suas propriedades depois da morte que se aplicam ao perispírito dos vivos (encarnados).
Os laços que unem o perispírito ao corpo temporal, afrouxam-se por assim dizer, facultando ao espírito manter-se em relativa distancia, porém, não desligado de seu corpo. E esta ligação, permite ao espírito tomar conhecimento do que se passa com o seu corpo e retornar instantaneamente se algo acontecer. O corpo por sua vez, fica com suas funções reduzidas, pois dele foram distanciados os fluidos perispirituais, permanecendo somente o necessário para sua manutenção. Este estado em que fica o corpo no momento do desdobramento, também depende do grau de desdobramento que aconteça.

Os desdobramentos podem ser:
a) Conscientes: Este, caracteriza-se pela lembrança exata do ocorrido, quando ao retornar ao corpo o ser recorda-se dos fatos e atividades por ele desempenhadas no ato do desdobramento. O sujeito é capaz de ver o seu “Duplo”, bem próximo, ou seja, de ver a ele mesmo no momento exato em que se inicia o desdobramento. Facilmente nestes casos, sente-se levantando geralmente a cabeça primeiramente e o restante do corpo, depois. Alguns flutuam e vêem o corpo carnal abaixo deitado, outros vêem-se ao lado dos corpos, todavia esta recordação é bastante profunda e a consciência e altamente límpida neste instante. Existe uma ligação ainda profunda dos fluidos perispirituais entre o corpo e o perispírito, facilitando assim, as recordações pós-desdobramento.

b) Inconscientes: Ao retornar o ser de nada recorda-se. Temos que nos lembrar que na maioria das vezes a atividade que desempenha o ser no momento desdobrado, fica como experiências para o próprio ser como espírito, sendo lembrado em alguns momentos para o despertar de algumas dificuldades e vêem como intuições, idéias.
Os fluidos perispirituais são neste caso bem mais tênues e a dificuldade de recordação imediata fica um pouco mais árdua, todavia as informações e as experiências ficam armazenadas na memória perispiritual, vindo a tona futuramente.
Em realidade a palavra inconsciente, é colocada por deficiência de linguagem, pois, inconsciência não existe, tendo em vista o despertar do espírito, levando consigo todas as experiências efetivadas pelo mesmo, então colocamos a palavra inconsciente aqui, é somente para atestarmos a temporária inconsciência do ser enquanto encarnado.

c) Voluntários: Se a própria pessoa promove este distanciamento. Analisemos algo bastante singular, nem todos os desdobramentos voluntários há consciência, pois como dissemos acima poderão haver algumas lembranças do ocorrido, existem ainda muitas dificuldades, no momento em que o espírito através de seu perispírito aproxima-se novamente de seu corpo, pela densidade ainda dos órgãos cerebrais é possível haver bloqueio dessas experiências. É necessário salientar que o ser encarnado na terra, ainda se encontra distante de controlar todos os seus potenciais, e por isso também há este esquecimento. Haja vista, algumas pessoas até provocarem o desdobramento e no momento de consciência terem medo e retornarem ao corpo apressadamente, dificultando ainda mais a recordação.
Os desdobramentos podem também ocorrer nos momentos de reflexões, onde nos encontramos analisando profundamente nossos atos e cuja atividade nos propicia encontrar com seres que nos querem orientar para o bem, parte de nosso perispírito expande-se e vai captar as experiências e orientações devidas.

d) Provocados: Através de processos hipnóticos e magnéticos, agentes desencarnados ou até mesmo encarnados podem propiciar o desdobramento do ser encarnado. Os bons Espíritos podem provocar o desdobramento ou auxiliá-los sempre com finalidades superiores. Mas espíritos obsessores também podem provocá-los para produzir efeitos malefícios. Afinizando-se com as deficiências morais dos desencarnados, propiciamos assim, uma maior facilidade para que os espíritos mal-feitores possam provocar o desligamento do corpo físico atraindo o ser encarnado para suas experiências fora do corpo. A lei que exerce esta dependência é a de afinidade.

e) Emancipação Letárgica: Decorre da emancipação parcial do espírito, podendo ser causada por fatores físicos ou espirituais. Neste caso o corpo perde temporariamente a sensibilidade e o movimento, a pessoa nada sente, pois os fluidos perispiríticos estão muito tênues em relação a ligação com o corpo. O ser não vê o mundo exterior com os olhos físicos, torna-se por alguns instantes incapaz da vida consciente. Apesar da vitalidade do corpo continuar executando-se.
Há flacidez geral dos membros. Se suspendermos um braço, ele ao ser solto cairá.

f) Emancipação Cataléptica: Como acima, também resulta da emancipação parcial do espírito. Nela, existe a perda momentânea da sensibilidade, como na letargia, todavia existe uma rigidez dos membros. A inteligência pode se manifestar nestes casos. Difere da letárgica, por não envolver o corpo todo, podendo ser localizado numa parte do corpo, onde for menor o envolvimento dos fluidos perispirituais.

Pesquisa de texto:

Imagem:
Ermitão do Giz

A essência do homem não está em não crer 
no que lhe parece improvável,

mas nunca tornar o improvável, impossível.



Espero que tenham gostado.



Um beijo no coração de todos, fiquem com Deus!



Beto Ribeiro

8 comentários:

Adriana Ribeiro nunes disse...

As pessoas contumam confundir um pouco este assunto, espero q a partir desse post possam se esclarecer um pouco mais.
Gostei da iniciativa!!!
Bj, Adri.

Beto Ribeiro disse...

Olá querida Adriana!!!!

É isso, vamos estudando juntos e aprendendo mais um pouquinho.
Obrigado pela visita e comentário.

Deus abençoe a todos nós!

Bjs

Roberto

Líbia Caetano disse...

Realmente, a maioria acha que o se passou no desdobramento foi apenas um sonho estranho. Já recomendei para algumas pessoas.


Bjão, Líbia

Beto Ribeiro disse...

Olá Libiazinha!!!!

Tem muita coisa estranha por aí! kkkk

Obrigado por passar por aqui e falar um pouquinho.

Fique com Deus!!!

Beijo grande!!!

Beto

Anônimo disse...

Achei incrível os esclarecimentos!!
Parabéns mais uma vez!!
Bjs
Pri Jacoby

Beto Ribeiro disse...

Olá Pri!

Obrigado pelo carinho de sempre!

Beijo grande!

Beto.

Alícia disse...

Eu ainda tenho dúvidas, para mim é um assunto super novo e gostaria mesmo de saber mais sobre esse assunto.
Sua iniciativa já conseguiu colocar em prática a vontade de aprender mais sobre a vida e essas coisas 'diferentes'.

Beto Ribeiro disse...

Olá querida Alícia!!!

Que bom você estar se interessando pelo assunto.

Vou colocar outras coisas sobre este assuntos e te aviso.

Valeu!!

Beijo grande e fique com Deus!

Beto.