terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uma história...

Um Tudo... um Nada...



Estranho acordar e perceber que o Nada carcomeu o beiral daquele telhado, que a ele dava todo o conforto necessário nos dias duros de sol e chuva. Se apossou de uma grande parte da ilusão, do sermão, do querer e da razão dele existir.

Ia aparando, como se a corroer as marcas da alegria, que era transformada rapidamente em ferrugem seca, ao sol ardente de um não perdão sufocante de calor deserto. Aparente somente a tosseira de capim amarelo,  à margem direita do rio ressequido pela falta da emoção.

Sem entendimento senão, o beiral sem sustentação, espreitava ao aproximar daquele solo, comum em chapa quente de churrasqueira vazia de comer, de querer e tecer organismos em buscar de um alimento que se fizesse capaz de adornar tal casarão, vazio então, pelo tempo de idas sem voltas, dos orgulhosos senhores, para dar o seu equilíbrio em vida.

O Nada, era tudo, era o senhor dos dias, das vidas dos seres que passavam por aquelas terras sem dono, pelo afastar das lágrimas, que faziam brotar o solo, e sorrisos que operavam a fotossíntese do verde corrente, por veias que lhe amparavam o sentir vital.

Por mais que tentasse sentir, o Nada absorvia tudo que de mais alegre ainda restava por entre os becos dos sentidos, da terra que em desdobramento ficava levada ao extremo sofrer, das vielas entregues ao lamento do choro e do implorar para que o Tudo retornasse e enveredasse por caminhos antes cortinados pela alegria de ser.

Impiedoso Nada... arrebatava os ventrículos e aurículas, artérias e veias, e estampava apenas o não saber, naquele terreno antes rubro, porém, agora cinza amarelado, da nova pintura colocada pelo Nada, ao beiral e fatal saber andar sem crescer em disposição e batidas.

Calou o Tudo, que sem direção aparente, deixou-se apossar e desprezou o caminho todo percorrido em andanças matinais e noturnas, desviou e perdeu o encontro do saber fazer, do cantar sorrisos, do declamar verdades, do encantar por dizer que era aquele, o dia tal de maior gracejo e melhoria.

Um heroi esperava... e o heroi partiu em busca de ajuda, voando e se perdendo no horizonte, para retornar com a verdade em sinal de tarde, destruir o nada em seu próprio domínio,  plantar o Tudo em diversos caminhos, e deixar que a vida brote com a lágrima perdida, depois de curadas as chagas do calor que se deu em forma e pensamento, e que sofreu. 

Em sua volta, abra então a casa coração, deixe o rubro da vida encher o solo que castigado foi, deixe as mossas do tempo serem refeitas em braços lisos de caminhos novos, deixe também a alegria da cor exilar o Nada por tempo sem determinação, mas, espere o heroi voltar, espere o pouso se dar, para ter em um novo caminhar as respostas de suas diversas direções e visões, em novo terreno ficar, em um brilho novamente se dar.

Um história, uma razão... uma razão de uma história...

Olá pessoal, fiquem todos com Deus!

Beijo grande no coração!!!

Beto Ribeiro.

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