terça-feira, 6 de setembro de 2011

Vamos voar?!

Voe... bem alto!!!!


Voar

Nada poderia descrever o que aquela gota de suor significava
ao cair no centro de uma poça imensa,
em sentar na calçada de uma vida lembrando do que passou.

Era somente a beira do seu caminho,
e um leve descansar do estar só,
remanescente de um andar incansável
a procura do encher os pulmões
e a vida de ar feliz.

Sei bem que à beira da estrada, não tem calçadas,
mas tem você a esperar em um lugar qualquer,
a sorrir felicidade, a olhar a alegria de saber que
lá está o fim e o começo de uma vida,

o encontro se daria, do corpo com a alma,
do éter com a palma,
e aquela gota faria sentido pleno,
de glórias e percalços na exigência
do corpo pedir para parar.

Vá ao encontro do amor,
ele te achou, não precisas mais correr,
descansar pra quê?

Caminhar é a ordem do seu coração,
ser feliz é a súplica do seu viver,
então que seja assim, ande rápido
a tal ponto, que te faça alçar voo
e ver do alto quão imenso é o seu caminho.
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Voe I

Que lindo é ver o seu voar alto...
em liberdade plena,
com verdades do fundo d'alma.

Sorrir por nada e por tudo,
simplesmente sorrir...
e o gracejar já é uma "graça"
alcançada a duros passos.

Se te acreditar
é o mais importante
então... a importância é somente sua.

Linda menina gaivota, voe...
voe... vá bem alto,
e com o seus ohos de sonho,
reserve um minuto
para me olhar.
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Voe II


Voe capelo,
faça morada nos ares infinitos,
transforme nuvem em véu azul,
alie sua forma serena à liberdade,

pássaro lindo, cativas meus pensamentos,
como suas asas rabisque novos rumos,
a esculpir seu sorriso em diversos movimentos,
nas finas brumas transformadas em papel.

romanceie com meu eu,
em manhãs e tardes ensolaradas,
e um eterno planar noturno,

Aumente suas asas,  voe livre, me digas a sorrir.
Ah! Bendita felicidade imortal, sonho muito sua presença.
Ei... você é um ser real? E eu...
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Voe III

E ele voou... Capelo se foi...
em ventanias tão distantes,
e ouvir o bater de suas asas,
se tornaria apenas sonho delirante.

Do alto me via e dizia em brado
que pousar em meu estrado
não seria, pois, lhe permitido,
que em minha vida tudo era comprometido

fez-me chorar de amor feliz,
e dizer-lhe de longe, em aceno,
que eras a gaiovota imperatriz,

dona dos meus belos versos e ventos,
e que deixou em coração, profundo lamento...
ao passar em voo solo... talvez em sofrimento.
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Fernão Capelo Gaivota é um romance de Richard Bach, publicado em 1970. Publicado originalmente nos Estados Unidos com o título de "Jonathan Livingston Seagull — a story", foi lançado neste mesmo ano no Brasil como "A História de Fernão Capelo Gaivota" pela editora Nórdica. Vale conferir!!
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Olá pessoal!!

E o Fernão Capelo Gaiovota nos inspira em qualquer idade, não é mesmo?
Apresentei aqui, uma sequência de poesia e sonetos, inspirados em uma linda gaivota que nos dá asas em qualquer tempo, em qualquer vento, para voar rumo a felicidade.

Um beijo grande no coração de todos e que a poesia da vida seja sempre maior e nos deixe mais vivos.

Beto Ribeiro.

2 comentários:

rogerio disse...

Não edsqueçamos da Clarice Lispector. Sáude e paz.

Beto Ribeiro disse...

Olá Rogério!!!!

Claro que não irmão...
Nem Clarice, nem Florbela, Cecília, Cora... e por vai!!

Valeu por passar e deixar o recado!

Abração, fique com Deus!

Beto