terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Poetizando...

... Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval...

Olá pessoal!!!
Está acabando a folia, e para quem não ficou em transe - como eu -, pelos acordes carnavalescos, seguimos em frente normalmente como se a folia estivesse aqui, ou como se tudo permitido, fosse normal. rsrs
Entenderam, né? Caso não tenham entendido...
Quero dizer, que com carnaval ou sem carnaval, o mundo segue, e os dias nós é que fazemos melhores...
E "vamo que vamo"!!! kkkkkk

E enquanto não mudo o visual do meu bloguinho, vou postar hoje duas notas poéticas que coloquei no meu Face Book, e por não conseguir marcar todos, - tenho apenas 30 espaços - reeditarei aqui um soneto e uma poesia que coloquei lá.

Espero que gostem... 



Soneto Despedida...


Meu campo se abriu,
por hora vejo e creio que partiu
o meu mais puro gosto do desgosto,
que por tempos a ti serviu...

Me deixei não sentir paz, pelo amargo
que se fez na vida em mim assaz,
e se alastrou cada vez mais
com seu sabor sempre mordaz...

Que se fartou pela energia minha,
de uma sala transformada
em palco, ou pesada cozinha...

Colhendo um choro infeliz...
Como uma simplória atriz,
que nem deixou opção, para um ator bufão...

Beto Ribeiro
Jan | 2012
Imagem original: www.google.com.br | Imagem final: Zetha Estúdio 
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Dor


Pensou por longo instante que,
o fel respingado por
palavras duras soadas ali,
que a cada sílaba proferida,
gotejava ácido e carcomia
folhas dele por ti, uma a uma, seria o final...

Não foi...

Ainda duraria período sem fim,
ser regado pela água daquela presença,
pelo impuro sal que existia em essência,
em molhar com o olhar de inocência
o mais profundo pesar em pedir clemência...

Acima do querer estava o fazer,
além do sentir estava um ferir,
em nenhum momento sentiu o lamento
de ver aquele corpo além do olhar,
e não muito mais, além do falar...

Sondou... Furou...
Bateu... Ardeu... Doeu...

Tanta impiedade com o corpo caído...
Restava agora mais o quê?
Sugar mais o gemido, em se fazer aparente
àquele corpo doente, que por sorte não acabou...

Partiu apenas... Em cura amena...

E remoçou como suporte para uma flor,
que tinha asas felinas... Porém,
gaivota peregrina, com jeito e ar
de menina, mas, sem vontade de pousar...

Em dor então rasgou,
em dias e noites chorou, e soluçou,
lágrimas surdas em olhares mudos,
e se foi ao mundo, como vagabundo
a gotejar lágrimas de verão, em versão de sorriso...

Apenas para dias alegrar,
e nas noites de luar estar sozinho, quem sabe...
Lhe restar um respirar...

Beto Ribeiro
Fev | 2012
Imagem original: www.google.com.br | Imagem final: Zetha Estúdio
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Espero que tenham gostado. Até...

Um beijo grande no coração de todos, fiquem com Deus!

Beto Ribeiro

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