terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Meus amigos de sexta a noite...


| Boa noite, seja bem-vindo... |


“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” [João 8:32-33]
E ele peregrinava em suposta liberdade, pela tênue linha entre a razão e a verdade...
Em uma noite qualquer, em trabalho de conhecimento sobre a obra das palavras que o libertaria...

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Era o dia o dia marcado para mais uma vez nos amparamos pela lei das causas e efeitos, num desprender de atenção aos amigos irmão que chegariam em procura incansável, de um eterno posicionar em pleno chão etérico, de nos horizontes poderem caminhar...

O amigo e irmão de todos, deixava seu corpo físico a disposição dos camaradas, prontos a utilizá-lo como ferramenta proposta ao bem, por integração ao prazer da conversa amistosa, ou a imperialidade maior do bem próprio ao engrandecimento espiritual, através do desprender do conhecimento adquirido nos dois lados, por dias trabalhados e santificados pelo Vosso nome, e guardar em dias e noites por percorrer numa procura incessante o trabalho que conforta e integra os seres, daqui e de lá.

Porém, sem instantes previstos, o trabalho começaria, a descarga de energia naquele simples salão, poderia deixar a mostra uma situação comum, se todos participassem coesos ao intento necessário, mas, na impossibilidade de tal coesão, nos disponibilizaríamos apenas do bem maior de cada um, o amor contido nos corações e o conhecimento mantido na obra do Messias...

- Boa noite amigo, bem vindo a esta casa de caridade. Posso lhe ser útil? Lhe ajudar de aguma forma...

Neste momento, um olhar diferente a mim foi direcionado, aquela interrogação de quem na realidade nunca necessitaria da ajudarde um ser comum, em corpo canal, limitado aos cinco sentidos da pobre existência.

- Não preciso de nada... Aqui ninguém tem mais que eu... Muito menos conhecimento para me ajudar... Pobres de vocês...

- Mas, amigo, neste caso a sua presença aqui seria por conta do seu próprio conhecimento, que neste momento poderia estar sendo solicitado para nos ajudar em nossos trabalhos.
Muitas vezes quando nosso conhecimento é vasto, esquecemos que sempre podemos repartir o que adquirimos em função de muito esforço.

Porém, nada seria o bastante para conter a arrogância trazida por aquele ser, que em visão plena, achava-se o melhor de toda casta terrestre, acima do bem e do mal, figura prima entre os dois mundos...

Entretanto, neste trabalho de mediação espiritual, aprendemos na prática mediúnica, que o desprender do corpo físico em desencarne, nos mostra em um sentido ilimitado o que realmente somos, deixamos fluir em largo sentimento, o que é limitado pelo físico, e estando em trabalho constante na sombra, acreditamos plenamente que a luz de nada serviria...

Argumentação utilizada através do amor, do conhecer o Cristo em obra, e que lhe fora passada por mim, em tentativas de convencimento pelo falar do evangelho, pelo traçar a paz como instrumento de ordem, cargas de amor em buscar a verdade de um interior que somente sentia a sombra como fruto único de um peregrinar interminável quanto ao trabalhar... Enfim, em minúsculo tempo fiz o meu melhor, e no final reverti a minha súplica ao meu amigo e companheiro de trabalho que mentaliza o que muitas vezes devo dizer...
E a luz se deu em minha razão em pergunta simples: - Se o Criador é Onipresente, Onipotente e Onisciente, através de quem enxergaria Ele, nos confins de lugares sem luz, senão pelos olhos dos filhos que lá circulam livremente? 

Seus olhos iluminaram, numa luz que pouco poderia eu explicar sob a forma lírica, porquanto da minha visão ter sido em puro sentimento de alívio, neste simples momento em que o amigo estava a refletir sobre o não saber da interpretação correta de mero argumento, se distanciou de mim e aceitou o meu convite em permanecer ao meu lado, em corpo invisível, ampliando o conhecimento, de nesta hora descobrir que onde termina a sombra começa a luz,  e o seu caminhar poderia se dar pelos dois lados...

Agradeci aos amigos e companheiros espirituais que me fizeram de instrumento de paz, e ao irmão chefe de uma falange de irmãos noturnos, que fazem um trabalho seja ele, em lugares distantes de nossos olhos, mas, não distante o bastante para que o amparo da Pai Maior, através da sua luz e sua misericórdia, aqueça o coração daqueles que caminham em lados onde a barreira ao calor à luz do saber, dificulta por vezes, o caminhar libertador falado pelo Mestre de Nazaré.

Então amigos, este foi mais um trabalho com os amigos de sexta, em minha casa de caridade, à luz do Espiritismo. Obrigado Senhor, pela oportunidade de me fazer melhor, que seja um pouco, pois, que seja, e a minha parceira, pela disposição em doar a energia necessária ao trabalho de incorporação...

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Grande abraço meus amigos, beijo grande no coração de todos!!!
Fiquem com Deus!!

Beto Ribeiro.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Caneco Vivo... Sabe o que é?!


| Caneco Vivo! |


Olá pessoal!!!

Estou de volta com um tema que gosto, estudo e tento sempre que escrevo, passar a vocês de forma um pouco menos complicada do que ele realmente se apresenta em seus desdobramentos. Falo da obsessão.
Então, neste post tratarei de um tipo mais comum do que pode perceber, a obsessão através de ingestão de álcool, sim, bebida alcoólica, a qual poderíamos chamar também de  obsessão química. E por que não?!

Sabemos de antemão que obsessão é toda perseguição, seja ela feita através de encarnados ou desencarnados, daqui para o outro lado ou vice-versa...
Enfim, é a ação provocada por espíritos encarnados ou desencarnados, que causa transtornos e prejudica a vida das vítimas desses algozes, que por sua vez, praticam sabendo ou não, que esta ação pode prejudicar e eles próprios mais ainda, do que a quem as sofre, porque, longe da reflexão e da constatação de sua doença, poderá ele, o obsessor, se afastar mais ainda de um começo de cura, por si só, ou mesmo por intermédio de amigos espirituais, aqui neste plano ou em outro plano, dificultando cada vez mais sua capacidade de discernimento sobre a sua verdadeira missão quanto ao que esteja fazendo em dificultar sua caminhada evolutiva neste planeta.


Em trabalhos de caridade que pratico nesta ordem, deparo muitas vezes com amigos desencarnados que ainda não se afastaram dos vícios adquiridos em tempos de carne, das manias que nos deixamos enredar dando-nos as desculpas que aprendemos quando estamos em corpo físico, mas que na realidade, nos faz o estar disposto a caminhar distante um pouco do que chamamos mais para frente de responsabilidade espiritual, por na maioria das vezes, não lembrarmos do comprometimento tratado em linhas astrais, quando nos propomos a trajar um corpo físico, e trilhar nos caminhos mediúnicos, em troca de um maior rapidez em descontar os karmas adquiridos com os tempos idos e vidas vividas. 


E um dos desvios mais comuns aos trabalhos mediúnicos, são os desvios praticados pela aquisição dos vícios, que insistimos em dizer que de nada adiantaria não praticarmos, pois, nunca poderíamos saber se prejudicaria ou não um trabalho que praticamos, poucas vezes, uma vez por semana, ou por mês, enfim, e assim continuamos a fazê-lo sem a mínima cerimônia, ou peso de consciência por quando não percebemos estarmos transmitindo energias contaminadas aos necessitados, ao invés de estarmos fazendo um trabalho de cura, esclarecimento,  ou até de ajuda a um amigo espiritual quando nos solicita.

Bem, de tantos vícios listados em nossas vidas, alguns são extremamente perniciosos e facilmente adquiridos em nosso dia-a-dia, falo não somente da ingestão de carne animal, mas também das drogas lícitas, como cigarros e bebidas alcoólicas, que comercializadas livremente nas esquinas de bairros, prejudicam largamente a quem se utiliza delas como companheiras de festas ou solidão.
Elas, as bebidas, auxiliam aos principiantes em graus avançados de tóxicos, a darem os primeiros passos em direção aos vícios mais radicais, como o das drogas ilícitas e pesadas, tipo cocaína, heroína, crack ou maconha, e tantas outras por aí.

| Ramatís |

O espírito Ramatis, em seu livro "Fisiologia da Alma", psicografado pelo médium Hercílio Maes, denomina de “Caneco Vivo” as pessoas que se utilizam diariamente do álcool, e explica o porque desta denominação:




"Designo como “caneco vivo” a criatura que se deixa dominar completamente pelo vicio do álcool, tornando-se enfraquecido no seu senso de comando psicológico e espiritual.
Quando tal acontece, os viciados do além, que se afinizam à sua constituição psíquica, vigiam-na e atuam incessantemente sobre ela a fim de conseguirem situá-la sob a frequência vibratória com que operam em comum, para subverterem-lhe completamente a vontade e o caráter.

De acordo com a lei de afinidade espiritual, é preciso que o candidato à função de “caneco vivo” vibre na mesma faixa vibratória do malfeitor desencarnado, pois só deste modo é que este consegue agir com êxito e interceptar qualquer inspiração superior que possa ser enviada à sua vítima no sentido de se livrar do vício. Assim que o obsessor consegue domínio completo sobre o bêbedo encarnado, trata de
cercá-lo de cuidados e protegê-lo contra outras entidades desencarnadas que também o possam usar como “caneco vivo”.

O álcool ingerido pelo alcoólatra terreno, depois que lhe atinge o estômago, volatiliza-se em operação progressiva, até alcançar a sua forma etéreo-astral, momento em que os espíritos viciados podem então sugá-lo pela aura do infeliz beberrão. Trata-se de uma espécie de repulsiva operação de vampirismo que, para satisfazer em parte aos desencarnados, exaure a vitalidade da vítima.
Certas vezes aglomeram-se várias entidades viciadas sobre a aura de um mesmo bêbedo, constituindo uma grotesca e degradante cena de sucção de álcool!

Elas se mostram irascíveis e irritadas quando os seus pacientes não as atendem a contento deixando de beber a quantidade desejada para a sua satisfação mórbida completa. Trabalham furiosamente para que o infeliz aumente a sua dose de álcool, pois ele representa o transformador que deve saturar-se cada vez mais a fim de cumprir a repulsiva tarefa de dar de beber aos viciados do Além.

Daí o motivo por que muitos alcoólatras insistem em afirmar que uma força oculta os obriga a beber cada vez mais, até que chegam a cair ao solo inconscientes. Saturados então de álcool, quais míseros farrapos humanos a exsudarem os vapores repelentes da embriaguez total, eles atravessam o resto de suas existências transformados em vítimas dos seus obsessores, que astuciosamente se ocultam nas sombras do além túmulo..."
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Pois então, quando nos comprometemos em trabalhar doando energia em função de cura, ou ajuda às curas feitas por amigos espirituais, jamais teremos desculpas a dar em urgentemente começarmos a tal reforma íntima, que nos solicitam sempre os amigos que nos orientam, ajudam e solicitam nossa ajuda.

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. 1 Coríntios 6:12
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Referência:
Livro: Fisiologia da Alma
Espírito Ramatis - Psicografia Hercílio Maes
Editora do Conhecimento - 15ª Edição.
Imagens originais: www.google.com.br
Imagens finais: Beto Ribeiro.
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| Vídeo Espírita ilustrativo |


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Sim amigos, cada vez mais nossa responsabilidade espiritual nos chama ao melhoramento, através das informações passadas pelo amigos daqui e/ou de lá. Atentemos pois, nunca saberemos quando seremos solicitados ao trabalho.

Meus amigos, deixo aqui um grande abraço, e espero que tenham gostado do post de hoje.

Fiquem bem, e um grande beijo no coração de todos. Fiquem com Deus!!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Salve São Sebastião!!! Saravá Oxóssi!!!


Okê Caboclo!!!

É um caçador por excelência, mas, sua busca visa o conhecimento.
Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos
fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso. 


Olá pessoal!! 
Semana que vem na Cidade do Rio de Janeiro comemora-se o dia do padroeiro da cidade, São Sebastião, e como faço aqui no Ermitão, sempre que comemoramos um santo católico coloco uma história de um orixá correspondente da Umbanda, e ligado diretamente a este sincretismo. Então, salve São Sebastião!!! Saravá Oxóssi!!! Okê Caboclo!!!


| São Sebastião |


De acordo com atos apócrifos, atribuídos a Santo Ambrósio de Milão, Sebastião era um soldado que teria se alistado no exército romano por volta de 283 d.C. com a única intenção de afirmar o coração dos cristãos, enfraquecido diante das torturas. Era querido dos imperadores Diocleciano e Maximiano, que o queriam sempre próximo, ignorando tratar-se de um cristão e, por isso, o designaram capitão da sua guarda pessoal, a Guarda Pretoriana. Por volta de 286, a sua conduta branda para com os prisioneiros cristãos levou o imperador a julgá-lo sumariamente como traidor, tendo ordenado a sua execução por meio de flechas (que se tornaram símbolo constante na sua iconografia). Foi dado como morto e atirado no rio, porém, Sebastião não havia falecido. Encontrado e socorrido por Irene (Santa Irene), apresentou-se novamente diante de Diocleciano, que ordenou então que ele fosse espancado até a morte. Seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Luciana (Santa Luciana, cujo dia é comemorado em 30 de Junho) resgatou seu corpo, limpou-o, e sepultou-o nas catacumbas.

Existem inconsistências no relato da vida de São Sebastião: o edito que autorizava a perseguição sistemática dos cristãos pelo Império foi publicado apenas em 303 (depois da Era Comum), pelo que a data tradicional do martírio de São Sebastião parece precoce. O simbolismo na História, como no caso de Jonas, Noé e também de São Sebastião, é visto, pelas lideranças cristãs atuais, como alegoria, mito, fragmento de estórias, uma construção histórica que atravessou séculos.

O bárbaro método de execução de São Sebastião fez dele um tema recorrente na arte medieval, surgindo geralmente representado como um jovem amarrado a uma estaca e perfurado por várias setas (flechas); três setas, uma em pala e duas em aspa, atadas por um fio, constituem o seu símbolo heráldico.

Tal como São Jorge, Sebastião foi um dos soldados romanos mártires e santos, cujo culto nasceu no século IV e que atingiu o seu auge na Baixa Idade Média, designadamente nos séculos XIV e XV, tanto na Igreja Católica como na Igreja Ortodoxa. Embora os seus martírios possam provocar algum ceticismo junto dos estudiosos atuais, certos detalhes são consistentes com atitudes de mártires cristãos seus contemporâneos.



| Oxossí |
   

Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú. 
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum. Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos.

Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça. 
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes. Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé. 

Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda. 
Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar  livre:  concentração,  atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência. Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum. No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento.  Rege a lavoura,  a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.

Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil  mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos. 
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País. 
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.

Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.

| Lenda de Oxóssi |


| Como Oxóssi virou Orixá |

Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre. A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a, cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir. No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi. 

| Orixá da caça e da fartura | 

Em tempos distantes, Odùdùwa, Rei de Ifé, diante do seu Palácio Real, chefiava o seu povo na festa da colheita dos inhames. Naquele ano a colheita havia sido farta, e todos em homenagem, deram uma grande festa comemorando o acontecido,  comendo inhame e bebendo vinho de palma em grande fartura. De repente, um grande pássaro, pousou sobre o Palácio, lançando os seus gritos malignos, e lançando farpas de fogo, com intenção de destruir tudo que por ali existia, pelo fato de não terem oferecido uma parte da colheita as feiticeiras Ìyamì Òsóróngà. Todos se encheram de pavor, prevendo desgraças e catástrofes.  O Rei então mandou buscar Osotadotá, o caçador das 50 flechas, em Ilarê, que, arrogante e cheio de si, errou todas as suas investidas, desperdiçando suas 50 flechas. Chamou desta vez, das terras de Moré, Osotogi, com suas 40 flechas. Embriagado, o guerreiro também desperdiçou todas suas investidas contra o grande pássaro. 
Ainda foi,  convidado para grande façanha de matar  o pássaro,  das distantes terras de Idô, Osotogum, o guardião das 20 flechas. Fanfarrão, apesar da sua grande fama e destreza, atirou em vão 20 flechas, contra o pássaro encantado e nada aconteceu. Por fim, todos já sem esperança, resolveram convocar da cidade de Ireman, Òsotokànsosó, caçador de apenas uma flecha. Sua mãe, sabia que as èlèye viviam em cólera, e nada poderia ser feito para apaziguar sua fúria a não ser uma oferenda, uma vez que três dos melhores caçadores falharam em suas tentativas. Ela foi consultar Ifá para Òsotokànsosó. Os Babalaôs disseram para ela preparar oferendas com ekùjébú (grão muito duro), também um frango òpìpì (frango com as plumas crespas), èkó (massa de milho envolta em folhas de bananeira), seis kauris (búzios). A mãe de Òsotokànsosó fez então assim, pediram ainda que, oferecesse colocando sobre o peito de um pássaro sacrificado em intenção e que oferecesse em uma estrada, e durante a oferenda recitasse o seguinte: “Que o peito da ave receba esta oferenda”. Neste exato momento, o seu filho disparava sua única flecha em direção ao pássaro, esse abriu sua guarda recebendo a oferenda ofertada pela mãe do caçador, recebendo também a flecha certeira e mortal de Òsotokànsosó. 
Todos após tal ato, começaram a dançar e gritar de alegria: “Oxossi! Oxossi!” (caçador do povo). 
A partir desse dia todos conheceram o maior guerreiro de todas as terras, foi referenciado com honras e carrega seu título até hoje. Oxossi.

Òké Aro!!! Arolé! Saravá Oxossí!!! Okê caboclo!!!!

Referência texto:
Sociedade Espiritualista Mata Virgem - Curso de Umbanda.
Wikipédia - Enciclopédia Livre.
Imagens originais: www.google.com.br
Imagens finais: Beto Ribeiro
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Espero que tenham gostado!!
E que os ceus iluminem os caminhos de todos nós. Fiquem com Deus!!

Um grande abraço, e beijo fraterno no coração de todos!

Fiquem Bem!

Beto Ribeiro.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Recomeço em poesia!!!


| Recomeço... |


Não me despeço do amor...

Apenas canto-lhe uma pequena canção de ninar,
para que adormeça em meu coração,
e acorde mais tarde, quem sabe,
disposto a andar-me de mãos dadas,
em contemplação aos botões do roseiral,
que brotaram enquanto velei-te o sono...

Não me importo mais com tal partida...

Apenas principio a chegada do teu perfume,
em pensamentos sutis, de desvarios amorosos,
em ativar em dentro do peito,
o aconchego do aperto dos corpos inertes do foco,
na ignorância do querer afastar-te do amar...

Não suspiro mais a sua visão...

Somente inspiro atônito, o rejeitar incômodo,
de nunca mais ouvir o cantar da Perdiz,
estampado no abrir de minha janela ao alvorecer,
confundindo um tal bem-querer,
em mal-me-quer de margarida qualquer...

Ah, enfim... Não preciso de comportamento assim...

Como quem em cisma de poeta,
assenta o suportar de figura incerta, de amar amarrar
e segurar o voar sem a mínima sensibilidade do
saber bater de asas, em permanecer num planar
singular, de pássaro que retorna em sempre...

Sem gaiolas de amor a necessitar estar...

Até breve, sonho meu...
Até logo Bem-te-vi...
Cante em voz alta este levante de liberdade,
e me espere no caminho, que estarei a lhe avistar...

Sonho de rei... Que em sonho direi...
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Beto Ribeiro
Janeiro|2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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Olá Pessoal!!!!

Sejam bem-vindos ao novo Ermitão do Giz!!!
E estamos de cara nova, porém, com a mesma energia boa de sempre, e com um monte de coisas boas planejadas e postagem interessantes para este ano!!!

Grande abraço, beijo no coração e muita luz astral para todo mundo!!

Até!!!

Beto Ribeiro.
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