terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Joanna de Ângelis.


| Joanna de Ângelis |


Joanna de Ângelis é a guia espiritual do médium espírita brasileiro Divaldo Franco, entidade à qual é atribuída a autoria da maior parte das suas obras psicografadas.
A obra mediúnica de Joanna de Ângelis é composta por dezenas de livros, muitos deles traduzidos para diversos idiomas, versando sobre temas existenciais, filosóficos, religiosos, psicológicos e transcendentais.
Dentre as suas obras destacam-se as da Série Psicológica, composta por mais de uma dezena de livros, nos quais a entidade estabalece uma ponte entre a Doutrina Espírita e as modernas correntes da Psicologia, em especial a transpessoal e junguiana.

| Suas encarnações |

Segundo Divaldo Franco, em sua primeira manifestação, a 5 de dezembro de 1945, Joanna de Ângelis se apresentou com o epíteto “um Espírito amigo”, que por muitos anos teria sido um pseudônimo utilizado por ela.
Na obra A veneranda Joanna de Ângelis (Salvador: LEAL, 1987), os autores Celeste Santos e Divaldo Franco defendem que esse Espírito teria sido, em uma de suas encarnações, Joana de Cusa - uma das mulheres que acompanhavam Jesus no momento da crucificação.(Vide também: Boa Nova - Humberto de Campos/Chico Xavier, FEB)
Atribuem-se ainda a ela as seguintes personalidades históricas, conforme anota o psicólogo e escritor Cezar Braga Said em seu livro “Joanna e Jesus: Uma história de amor” (FEP - 2010):

- Santa Clara de Assis (1194-1253) que viveu no século XIII, seguidora de São Francisco de Assis e fundadora da Ordem das Clarissas.
- Juana Inés de La Cruz (1651-1695) (pseudônimo religioso da poetisa mexicana Juana de Asbaje, que viveu durante o século XVII).
- Joanna Angélica de Jesus (1761-1822), também sóror e depois abadessa que viveu no início do século XIX e protagonizou doloroso drama na Independência da Bahia.

No século I, vivera como Joana de Cusa, uma das maiores colaboradoras da obra de Jesus, inclusive citada no evangelho como uma das mulheres piedosas, tendo sida queimada viva ao lado de seu único filho, juntamente com outros cristãos no Coliseu de Roma.
Em 12/11/1651 nascia no México Sór Juana Inés de La Cruz, tendo sida a maior poetisa da língua hispânica; muito competente em teologia, medicina, direito canônico e astronomia. Foi teatróloga, musicista, pintora e poliglota. Falava e escrevia, fluentemente, seis idiomas.
Em 11/12/1761 nascia em Salvador-Bahia Sóror Joana Angélica de Jesus que posteriormente tornou-se freira. Em 1822, em defesa da honra das jovens do seu Convento, foi assassinada por um soldado português, tornando-se mártir da independência do Brasil.

Joanna de Ângelis também vivera no século XIII (De 16/07/1194 à 11/08/1253). Ficou conhecida como irmã Clara de Assis. Fundadora da ordem feminina Franciscana. Mais tarde, em 15 de agosto de 1255 foi canonizada pelo papa Alexandre IV como Santa Clara de Assis.(Clara de Assis)
Hoje, vivendo na espiritualidade e assumindo o nome de Joanna de Ângelis, é um dos guias espirituais da humanidade, realizando uma experiência educativa e evangélica de altíssimo valor, inclusive publicando diversas obras literárias, milhares de mensagens, traduzidas em diversos idiomas, transcritas em braile, reproduzidas em áudio, e todas distribuídas por vários países do mundo.

| Principais obras |


Dentre os livros psicografados por Divaldo Franco, que trazem a assinatura de Joanna de Ângelis, sobressaem:

- Messe de Amor | 1964 (mensagens, dedicadas ao centenário de O Evangelho Segundo o Espiritismo)
- Dimensões da Verdade | 1965 (conceitos evangélicos e doutrinários)
- Leis Morais da Vida | 1976 (análises sobre as Leis Divinas)

| Da sua Série Psicológica |

- Jesus e Atualidade- 1989
- O Homem Integral | 1990
- Plenitude | 1991
- Momentos de Saúde | 1992
- Momentos de Consciência | 1992
- O Ser Consciente | 1993
- Autodescobrimento: Uma Busca Interior | 1995
- Desperte e seja feliz | 1996
- Vida: Desafios e Soluções | 1997
- Amor, imbatível amor | 1998
- O Despertar do Espírito | 2000
- Jesus e o evangelho a luz da psicologia profunda | 2000
- Triunfo Pessoal | 2002
-  Conflitos Existenciais | 2005
- Encontro com a paz e a Saúde | 2007
- Atitudes Renovadas | 2009
- Em Busca da Verdade | 2009
- Psicologia da Gratidão | 2011
Ressalta-se também a “Série Momentos”, com temas sobre alegria, meditação, saúde, felicidade entre outros.
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Fonte do texto: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Imagens Originais: www.google.com
Imagens finais: Beto Ribeiro.
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Olá pessoal!!!
Costumo colocar várias citações da Joana de Ângelis no meu perfil do Facebook, e são curtidas sempre, então coloquei este post para ilustrar melhor de quem se tratava.

Espero que tenham gostado.
Um abraço e grande beijo no coração de todos.
Fiquem com Deus! Namastê!!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Fui ali...

| Fui ali... |


Fui ali, logo ali...
Para ver se deixava um pouco da solidão
que impregnava os meus dias neste verão,
para recuperar o sentimento, e me trazer a razão...

Mais uma vez, fui ali,
me procurar nos pedaços de tempo,
largados em vão por chato esquecimento,
de diário tormento, de foto sem chão...

Fui ali, de novo ali...
Tentar descobrir se eu ainda era eu,
se a tela que pintei de mim, ainda sorria,
ou o sorriso que me deixou um dia, realmente morria...

É... Fui ali toda hora,
ontem e agora, e não esbocei a reação de outrora,
que ao lhe ver em aceno, em seu abraço ameno...
Corria ao encontro do meu sentimento...

Ir ali, vir aqui...
Sem pensar ou dosar o falar...
Sem perceber que o tremer 
fazia parte da magia no anoitecer,

e na angústia de contornar um não mais falar,
revi a sintonia do retrato tatuado nas existências de ontem,
ouvi a sinfonia de tocar coração, ao encontrar apenas um não...
Aqui ou num portão... Reli o caminho, me recolhi do carinho...

E da crença do amar, ao acordar,
do polir palavra, para te entregar,
e do sentir a perda de quando parou
e minha mão soltou...

Foi ali sim... Que a história cessou, deu pausa...
Terminou...

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Beto Ribeiro | Fev. 2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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“Sou talvez a visão que Alguém sonhou, alguém que veio ao mundo pra me ver, e que nunca na vida me encontrou!” Florbela Espanca

Olá pessoal!!!
Que os bons ventos poéticos, liberem energia do bem ao coração de cada um.
Valeu muitão sempre, e obrigado pela visita!!!

Fiquem com Deus, um grande abraço!!!
Namastê!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Carnaval...


| Outra visão do carnaval... |


“Este ano não vai ser igual aquele que passou, eu não brinquei, você também não brincou...” 

Se fosse somente isso, vá lá, mas, dentro de um grau de responsabilidade e consequências no âmbito espiritual, e sem a percepção necessária, nos tornamos presas dos nossos próprios prazeres, de memórias frequentes que nos acompanham desde muito, e nos afloram sabe-se lá por que, em épocas que afirmamos  com convicção, que será por nós controlada de ano em ano...

O carnaval pessoal, - perdoe-me os que gostam - sem dúvida é um risco aos nossos espíritos, que queiram ou não estão em desvantagem na proporção física no envoltório de presa encarnada. Pois sim, somos apenas 1/4 da totalidade de espíritos, e segundo a espiritualidade, a terra ainda tem perto de 23 bilhões de desencarnados, e nesta proporção, sendo o planeta denominado de “provas e expiação”, nem precisaríamos ser tão atentos para acertivamente  constatarmos que a vulnerabilidade é nossa, em se tratando de irmãos carnavalescamente obsessores.

No livro “Nas Fronteiras da Loucura”, ditado pelo espírito de Manoel Philomeno de Miranda, - que quando encarnado, desempenhara a função de médico em Salvador - e psicografado pelo médium Divaldo Pereira Franco, narra um episódio protagonizado pelo espírito do também médico Bezerra de Menezes, na condução de equipes socorristas junto a encarnados desequilibrados.

Dentre tantos fatos interessantes narrados neste livro, Manoel Philomeno de Miranda destaca o encontro que teve com um sambista, também desencarnado, que encontrava-se em plena tarefa socorrista.
Se tratava do sambista Noel Rosa, autor de tantos e tantos sambas que muitos nós conhecemos.
Neste encontro Manoel Philomeno de Miranda perguntou ao Noel o por que dele estar trabalhando nesta função. Com tranqüilidade, o autor de “Camisa listrada” respondeu que em suas canções traduzia as dores e aspirações do povo, relatando os dramas, angústias e tragédias amorosas do submundo carioca, mas compreendeu seu fracasso ao desencarnar, despertando “sob maior soma de amarguras, com fortes vinculações aos ambientes sórdidos, pelos quais transitara em largas aflições”.

O Carnaval segundo Bezerra de menezes, é uma festividade que guarda vestígio claros do primitivismo e das barbáries cometidas então, avivando as paixões violentas da carne, em suas vertentes de prazer. 
Ainda segundo ele, esta prática era comum na idade média, e traz até hoje o mesmo conceito, de que é lícito enlouquecer uma vez por ano, em orgias, desvarios e excessos a toda ordem.


| Processo de loucura e obsessão.|


As pessoas que se animam para a festa carnavalesca e fazem preparativos organizando fantasias e demais apetrechos para o que consideram um simples e sadio aproveitamento das alegrias e dos prazeres da vida, não imaginam que, muitas vezes, estão sendo inspiradas por entidades vinculadas às sombras. Tais espíritos, como informa Manoel Philomeno de Miranda, buscam vitimas em potencial “para alijá-las do equilíbrio, dando inicio a processos nefandos de obsessões demoradas”. Isso acontece tanto com aqueles que se afinizam com os seres perturbadores, adotando comportamento vicioso, quanto com criaturas cujas atitudes as identificam como pessoas respeitáveis, embora sujeitas às tentações que os prazeres mundanos representam, por também acreditarem que seja lícito enlouquecer uma vez por ano.

Esse processo sutil de aliciamento esclarece o autor espiritual, dá-se durante o sono, quando os encarnados, desprendidos parcialmente do corpo físico, fazem incursões às regiões de baixo teor vibratório, próprias das entidades vinculadas às tramas de desespero e loucura. Os homens que assim procedem não o fazem simplesmente atendendo aos apelos magnéticos que atrai os espíritos desequilibrados e desses seres, mas porque a eles se ligam pelo pensamento, “em razão das preferências que acolhem e dos prazeres que se facultam no mundo íntimo”. Ou seja, as tendências de cada um, e a correspondente impotência ou apatia em vencê-las, são o imã que atrai os espíritos desequilibrados e fomentadores do desequilíbrio, o qual, em suma, não existiria se os homens se mantivessem no firme propósito de educar as paixões instintivas que os animalizam.
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FONTE de pesquisa:
Imagem original: www.google.com.br
Imagem Final: Beto Ribeiro
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Bem pessoal, deixo aqui uma mensagem de uma amiga espiritual que dizia mais ou menos assim:
“Os filhos quando querem voar, fazem igual a formiga, criam asas...”

E deixo também uma verdade do evangelho:
“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. [1 Coríntios 6:12]

Sim, o carnaval não é o mal do mundo, porém, vigiar faz parte no nosso aprendizado.

Grande abraço galera carnavalesca!!! Beijo no coração de cada um, e fiquem com Deus!!! Namastê!!!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Página Branca...


| Página Branca... |


No desarmar por amar o [letrar],
entreguei a ti em som de pedaços meus juntar,
os passos dum espaço em formação, 
por palavras novas, num despertar do sonhar em razão...

Fez-se na página branca, uma vida em cor e grafia...

Escrevi você...
Li, reli, revivi aquele encanto em um só prazer...

De um [letramento] por intenso calor,
te fiz em um orar, o religar da forma a flor,
num vibrar do movimento um descobrir de sentimento,
em um dedilhar por vez, sem o corpo de viola no violar da tez...

E em meu refúgio versos compus,
caligrafia manuscrita em pouca luz...
Num verbo verde clorofila altiva,
sutil palavra mansa por ação, intempestiva...

Descrevi meu corpo por pontos, por vírgulas,
por exclamação na emoção do escrever,
meu pedaço ativo, era o maior de você,
e de melhor não sobrou um prévio entender...

Doce inocência...

Que trouxe o desencantar pela indiferença,
que despiu meu eu, que em vestes de livro
desprendeu, letra a letra, frase a frase,
que em cada passo dado era deixado, era jogado...

Num espalhar pelo chão frio e perverso,
afoguei aqueles versos, sem palavras faladas,
no meu gostar pelas faces lavadas,
somente tristes... Nem sentidas e nem levadas...

E agora sem por que... Amassadas e enrugadas...

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Beto Ribeiro | Jan. 2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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Olá pessoal, boa tarde!!!

“Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... E não a gente a ele!”
Mario Quintana

Será que este leu alguém?! Espero!!!

Grande abraço e um beijo no coração de todos!!

Fiquem com Deus!! Namastê!

Beto Ribeiro.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Yemanjá... Odoyá Rainha do mar...


| Yemanjá... Odoyá |


Deusa da nação de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá). No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitada e cultuada é tida como mãe de quase todos os Orixás Iorubanos, enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída a Nanã. 

Por isso à ela também pertence a fecundidade. É protetora dos pescadores e jangadeiros. Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples.

Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois, suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé. Pelo sincretismo, porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos. Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda. 

Mesmo assim, não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância, aceitação e carinho. É uma das rainhas das águas, sendo as duas salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes e oferendas dos devotos. 
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e pretos-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse. 

Apesar dos preceitos tradicionais relacionarem tanto Oxum como Yemanjá à função da maternidade, pode estabelecer-se uma boa distinção entre esse conceitos. As duas Orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente não rivaliza com ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que a colocaram contra Iansã e Obá). Cada uma domina a maternidade num momento diferente. A majestade dos mares, senhora dos oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas, regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento de nascimento. 

Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A necessidade de saber se aquele que amamos estão bem, a dor pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar. É ela que proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo o alimento vindo do seu reino. É ela quem controla as marés, é a praia em ressaca, é a onda do mar, é o maremoto. Protege a vida marinha. Junta-se ao orixá Oxalá complementando-o como o Princípio Gerador Feminino. 

| As características dos filhos de Yemanjá |

 

Pelo fato de Yemanjá ser a Criação, sua filha normalmente tem um tipo muito maternal. Aquela que transmite a todos a bondade, confiança, grande conselheira. É mãe. Sempre tem os braços abertos para acolher junto de si todos aqueles que a procuram. A porta de sua casa sempre está aberta para todos, e gosta de tutelar pessoas. Tipo a grande mãe. Aquela mulher amorosa que sempre junta os filhos dos outros com os seus. O homem filho de Yemanjá carrega o mesmo temperamento: é o protetor. Cuida de seus tutelados com muito amor. Geralmente é calmo e tranqüilo, exceto quando sente-se ameaçado na perda de seus filhos, isto porque não divide isto com ninguém. É sempre discreto e de muito bom gosto. Veste-se com muito capricho. É franco e não admite a mentira. Normalmente fica zangado quando ofendido e o que tem como ajuntó o orixá Ogum, torna-se muito agressivo e radical. Diferente é quando o ajuntó é Oxóssi, aí sim, é pessoa calma, tranqüila, e sempre reage com muita tolerância. O maior defeito do filho de Yemanjá é o ciúme. É extremamente ciumento com tudo que é seu, principalmente das coisas que estão sob sua guarda. Gostam de viver num ambiente confortável e, mesmo quando pobres, pode- se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte. Apreciam o luxo, as jóias caras e os tecidos vistosos e bons perfumes.

Entretanto, não possuem a mesma vaidade coquete de Oxum, sempre apresentando uma idade maior, mais responsáveis e decididos do que os filhos da Oxum.  A força e a determinação fazem parte de suas características básicas, assim como o sentido de amizade, sempre cercada de algum formalismo. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas ambiciosas nem obcecadas pela própria carreira, detendo-se mais no dia a dia, sem grandes planos para atividades a longo prazo. Pela importância que dá a retidão e à hierarquia, Yemanjá não tolera mentira e a traição. Assim sendo, seus filhos demoram a confiar em alguém, e quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro círculo de amigos, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Não esquecem uma ofensa ou traição, sendo raramente esta mágoa esquecida. 

Um filho de Yemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais. Fisicamente, existe uma tendência para a formação de uma figura cheia de corpo, um olhar calmo, dotada de irresistível fascínio (o canto da sereia). Enquanto os filhos de Oxum são diplomatas e sinuosos, os de Yemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo. 

São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. 
Todos esses dados nos apresentam uma figura um pouco rígida, refratária a mudanças, apreciadora do cotidiano. Ao mesmo tempo, indicam alguém doce, carinhoso, sentimentalmente envolvente e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros. Mas nem tudo são qualidades em Yemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Gostam de testar as pessoas. 

| Lendas de Yemanjá |


Yemanjá teve muitos problemas com os filhos. Ossain, o mago, saiu de casa muito jovem e foi viver na mata virgem estudando as plantas. Contra os conselhos da mãe, Oxossi bebeu uma poção dada por Ossain e, enfeitiçado, foi viver com ele no mato. Passado o efeito da poção, ele voltou para casa mas Yemanjá, irritada, expulsou-o. Então ogum a censurou por tratar mal o irmão. Desesperada por estar em conflito com os três filhos, Yemanjá chorou tanto que se derreteu e formou um rio que correu para o mar. 

Yemanjá foi casada com Okere. Como o marido a maltratava, ela resolveu fugir para a casa do pai Olokum. Okere mandou um exército atrás dela mas, quando estava sendo alcançada, Yemanjá se transformou num rio para correr mais depressa. Mais adiante, Okere a alcançou e pediu que voltasse; como Yemanjá não atendeu, ele se transformou numa montanha, barrando sua passagem. Então Yemanjá pediu ajuda a Xangô; o orixá do fogo juntou muitas nuvens e, com um raio, provocou uma grande chuva, que encheu o rio; com outro raio, partiu a montanha em duas e Yemanjá pôde correr para o mar. 

Exu, seu filho, se encantou por sua beleza e tomou-a a força, tentando violentá-la. Uma grande luta se deu, e bravamente Yemanjá resistiu à violência do filho que, na luta, dilacerou os seios da mãe. Enlouquecido e arrependido pelo que fez, Exu “saiu no mundo” desaparecendo no horizonte. Caída ao chão, Yemanjá entre a dor, a vergonha, a tristeza e a pena que teve pela atitude do filho, pediu socorro ao pai Olokum e ao criador Olorum. E, dos seus seios dilacerados, a água, salgada como a lágrima, foi saindo dando origem aos mares. Exu, pela atitude má, foi banido para sempre da mesa dos orixás, tendo como incumbência eterna ser o guardião, não podendo juntar-se aos outros na corte. 
Por isso Yemanjá é representada na imagem com grandes seios, simbolizando a maternidade e a fecundidade.

Referência:
Sociedade Espiritualista Mata Virgem | Curso de Umbanda
Imagem original: 
Sociedade Espirita Mata Virgem | Curso de Umbanda
Imagens finais: Beto Ribeiro
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Olá pessoal!!
Hoje foi um post especialíssimo comemorando o dia da Mãe Yemanjá!
Espero que tenham gostado de mais está história da Umbanda e Mitologia Iorubá.
Grande abraço, beijo no coração de todos, fiquem com Deus!

Beto Ribeiro.