terça-feira, 7 de maio de 2013

Pura peça...


| Pura peça... |


E o amor, que o amar me ensinava,
era o sol, o ar e a água, 
o desmando que a natureza luzia todo dia,
e que se entregava, sorria e chorava...

Se banhava em zelo por mim,
por nós, em um trabalhar hora a hora
incansável na escora da glória
de ver em você, o nosso crescer...

Ah! Fala sério amor desalmado,
que me induziu ao pecado,
de fazer escorregar, e a ela sobre ti falar...

Ah... Meu recomeço marcado, num sombrio senão,
me fez perder a razão de não sentir um vão entreaberto,
que pudesse traduzir, que do ventre até o coração,
havia uma tal lacuna, que dizia-se paixão...

Excedi no embriagar de um então...

Se a razão de sentir-te, seria perdê-la,
e a fonte de tê-la, seria o cortejá-la em seu nome,
me desprendo então à renovação, reconciliando
o lacrimejar sufocante, pelo um inundar sorridente...

Sai dessa coração...
ainda me dizes que sem ferida não há paixão?

Tenho a ode do perdão, tenho a paz,
tenho o riso que confio em dia a alegria,
a flor da rebeldia dos  quinze em meio século,
a fonte de juventude tardia, que mira o mar além,

da certeza por ter nela um alguém,
e pelo sim, canto os recantos de um alojar febril
de um abraçar, tateando colo seu em ventos leves
por um sutil passar, e poder falar-me em nome,

por um exemplo seu... Tô aqui amor...

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Beto Ribeiro | Abr. 2013
Imagem original: Beto Ribeiro
Imagem final: Beto Ribeiro
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“O amor é um sonho que chega para o pouco ser que se é.” [ Fernando Pessoa]

Olá pessoal!!!
Poetizar nossos dias, é dar uma chance à felicidade...
Fiquem com Deus, um forte abraço!!!
Namastê!

Beto Ribeiro.

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