terça-feira, 23 de julho de 2013

Um dia poético.


| Renascer... |


Foi seu o parto... E meu o partir...
Renasci de um tal sentimento bastardo,
por um corpo gerado, molhado partido
sem dar tempo ao tempo, nem ao gemido...

Expelido fui, comprimido... Sem Comprimido...

Acordei com vida nas entranhas,
larguei o casulo, num pulo,
situei a visão procurando galho,
que um dia fui folha e falho...

Iluminei o escuro porão da ilusão,
com raios ao tédio que cercou-me em grilhão...

E aos anos passados em mares abrandados,
da razão sem razão, me despertei por um não...
Larguei vento, rasguei em espaço lamento
pra viver um porvir, que veio ao amor pelo sono lento...

Que tarde... Sem hora, que por agora foi embora...
Senhora que do ventre seu, pariu um eu...

E da dor restou apenas o cordão,
da água um pingo... Um grão.
Da batida espremida, lembro somente a canção
de um coração que pulsou... Berrou e chorou,

Se foi seu tempo mulher...
Deixou para trás corpo nu, o meu...
Sem fé ou sentir divino, mas,
religiosamente por ti um sentimento...

Ateu...
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Beto Ribeiro | Julho 2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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“Eu quero amar, amar perdidamente. Amar só por amar.” [Florbela Espanca]

Olá pessoal!!!
Cada vez que reconhecemos em nós e capacidade do renascimento, desenvolvemos então uma  aceitação às limitações e aos amores que nos estão próximos ao socorrer...

Forte abraço e beijo grande no coração de cada um! Fiquem com Deus!!! Namastê!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Nação!


| O Candomblé |

| Incorporação de Oxalufã (Oxalá velho) |


O Candomblé é uma religião de origem africana, que através dos rituais próprio cultuam os Orixás. O Candomblé é dividido em nações, que vieram para o Brasil na época da escravidão. 

São duas nações com suas respectivas ramificações: 
Nação Sudanesa: Ijexá, Ketu, Gêge, Mina-gêge, Fom e Nagô 
Nação Bantu: Congo, Angola-congo, Angola. 

Desde muito cedo, ainda no século XVI, constata-se na Bahia a presença de negros bantu, que deixaram a sua influência no vocabulário brasileiro (acarajé, caruru, amalá, etc.). Em seguida verifica-se a chegada de numeroso contingente de africanos, provenientes de regiões habitadas pelos daomeanos (gêges) e pelos iorubás (nagôs), cujos rituais de adoração aos deuses parecem ter servido de modelo às etnias já instaladas na Bahia. 
Os navios negreiros transportaram através do Atlântico, durante mais de 350 anos, não apenas mão-de-obra destinada aos trabalhos de mineiração, dos canaviais e plantações de fumo, como também sua personalidade, sua maneira de ser e suas crenças. As convicções religiosas dos escravos eram entretanto, colocadas às duras penas quando aqui chegavam, onde eram batizados obrigatoriamente “para salvação de sus almas” e  deviam 
curvar-se às doutrinas religiosas de seus “donos”. 


| Primeiros Terreiros de Candomblé |

A instituição de confrarias religiosas, sob a ordem da Igreja Católica, separava as etnias africanas. Os negros de Angola formavam a Venerável Ordem Terceira do Carmo, fundada na igreja de Nossa Senhora do Rosário do Pelourinho. Os daomeanos reuniam-se sob a devoção de Nosso Senhor Bom Jesus das Necessidades e Redenção dos Homens Pretos, na Capela do Corpo Santo, na Cidade Baixa. Os nagôs, cuja maioria pertencia a nação Ketu, formavam duas irmandades: uma de mulheres, a de Nossa Senhora da Boa Morte, outra reservada aos homens, a de Nosso Senhor dos Martírios. Através dessas irmandades (ou confrarias), os escravos ainda que de nações diferentes, podiam praticar juntos novamente, em locais situados fora das igrejas, o culto aos Orixás. 
Várias mulheres enérgicas e voluntariosas, originárias de Ketu, antigas escravas libertas, pertencentes à Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte da Igreja da Barroquinha, teriam tomado a iniciativa de criar um terreiro de candomblé chamado Iyá Omi Asé Airá Intilé, numa casa situada na ladeira do Berquo, hoje visconde de itaparica. 
As versões sobre o assunto são controversas, assim como o nome das fundadoras: Iyalussô Danadana e Iyanasso Akalá segundo uns e Iyanassô Oká, segundo outros. O terreiro situado, quando de sua fundação, por trás da Barroquinha, instalou-se sob o nome de Ilê Iyanassô na Avenida Vasco da Gama, onde ainda hoje se encontra, sendo familiarmente chamado de Casa Branca de Engenho Velho, e no qual Marcelina da Silva (não se sabe se é filha carnal ou espiritual de Iyanassô) tornou-se a mãe-de-santo após a morte de Iyanassô. 
O primeiro “toque” deste candomblé foi realizado num dia de Corpus Christi e o Orixá reverenciado foi Oxossi.


| Saída de Santo | Iyawô (nome dado ao médium iniciante) |


| Candomblé de Caboclo |

O Candomblé, ao desembarcar no País com os escravos, encontrou aqui um outro culto de natureza mediúnica, chamado “Pajelança”, praticado pelos índios nativos em variadas formas. Em ambos os cultos havia a comunicação de Espíritos. Com o tempo, alguns terreiros começaram a misturar os rituais do Candomblé com os da Pajelança, dando origem a um outro culto chamado “Candomblé de Caboclo”. Naturalmente, os 
Espíritos que se manifestavam eram os de índios e negros, que o faziam com finalidades diversas. 
A exemplo de toda nossa cultura, o candomblé de caboclo é um a miscigenação de europeus, africanos e ameríndios, uma verdadeira mistura de crenças e costumes que suas entidades trazem em suas passagens pela terra conforme suas falanges ou linhas que se dividem em Caboclos de Pena, a linha só há índios brasileiros, Caboclo de couro que pertence a linha dos homens que lidavam com gado, marujos que são aqueles que viviam no mar e outras como os famosos baianos que é a linha que representa o trabalhador nordestino que padeceu nos sertões brasileiros, assim como falange de Zé Pilintra que a história conta que foi um “malandro” injustiçado que se tornou encantado. Estes últimos são mais comuns nos cultos de umbanda da a região sudeste do país.

| Influências Ketu, Gêge, Catolicismo, Ameríndia |
Usam dentro da ritualística o gongá ou peiji (palavra de origem indígena qu quer dizer altar), onde misturam imagens de todos os tipos: santos da Igreja Católica, pretos-velhos, crianças, índios, sereias, etc. 
Trazem do Candomblé as festividades que louvam os Orixás e utilizam os atabaques (ilus); no lugar das sessões realizam as giras. A vestimenta é igual à do Candomblé; usam roncó, camarinha, feitura e na saída ocorre a personificação do Orixá (o médium sai com a vestimenta do Orixá); utilizam sacrifício (matança) de animais. Nas sessões normais os caboclos utilizam cocares, arcos, flechas e no que se refere aos trabalhos, o nome dado é “Mandinga”. Utilizam o ipadê ou padê, exigência dos Exús; os cântigos são denominados orikis e misturam cântigos em português e em iorubá. 


| Omolocô | 

| Influências: Angola, Congo, Ketu, Gêge, Catolicismo, Ameríndia |
Também denominado de Umbanda Mista, Umbanda Cruzada, Umbanda Traçada. É o mais próximo da Umbanda do Caboclo das Sete Encruzilhadas; segundo pesquisadores, este Candomblé estaria em transição para a Umbanda. 

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Referência texto:
Sociedade Espiritualista Mata Virgem | Curso de Umbanda
Imagens originais: www.google.com.br
Imagens finais: Beto Ribeiro
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Olá pessoal!!!!
Como disse ontem no FB, que preconceito seria uma ignorância polida, trago neste post um pouco da cultura africana, que hoje tão lindamente abraçamos como nossa.
Assé, Saravá, Salve as Nações e a Umbanda!!!

Grande abraço!!!
Fiquem com Deus!!! Namastê.

Beto Ribeiro.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Meus versos...


| Resgate de mim... |


Me estendi a mão...
Foi dor incomum, 
de deixar na garganta gosto algum,
de rodar o olhar, e nem esquina encontrar...

Se deu como um torpor,
num desencantar natural,
que num derreter comum,
de cor feita em inferior astral...

Postou-se depois pra mim, em pote de água e sal...

Fulminante o tontear berrante,
de um ser vacilante, que de encanto
derrubou seu manto, ao passar de virginal
a um declinar moral, se dando sem sinal, ao mal...

Com a fome inatural, em vertigem...

Traçou palavras sem verdade,
despiu impiedosa realidade de ver,
tão imaculado ser, transformado...
Transtornado e vil, num sentido bastardo...

Arrastando o nome ao chão, e implorando perdão,
em uma verdade pobre... Podre de lealdade...

Ser insensato, profano em desterro,
cruel em desvelo, se deu sortear andar
de canto em canto, em deitar por corpos
e copos, na esquina, sem cama, sem par...

Saciou a vontade, regalou seu furor,
crucificou o amor e o adoentou na dor...
Se deixou tremer e arder num nada ter,
sufocando seu real em mentira banal...

Nem serviu, não se amou... Se perdeu...
Sangrou, chorou... Vai... Foi...

Respirei da dor... Me resgatei... Sou.
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Beto Ribeiro | Junho 2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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“Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende.” [João Guimarães Rosa]

Olá pessoal!!!
Conhecer-se e resgatar -se a um mundo novo... Este é o sentido que a vida me traz...
Beijo grande no coração de todos! Fiquem com Deus!!! Namastê!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Nanã...


| Nanã Buruquê|


A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte.
Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira  com a ponta curvada e enfeitado com búzios. 

Nanã é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo. 

1 . Com a junção da água e a terra surgiu o Barro. 
2 . O Barro com o Sopro Divino representa Movimento. 
3 . O Movimento adquire Estrutura. 
4 . Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem.

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca. 

A mais velha divindade do panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri - um feixe de ramos de folha de palmeira  com a ponta curvada e enfeitado com búzios.

Nana é a chuva e a garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá. 

Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo portanto também sua criação simultânea a da criação do mundo.

1 . Com a junção da água e a terra surgiu o Barro. 
2 . O Barro com o Sopro Divino representa Movimento. 
3 . O Movimento adquire Estrutura. 
4 . Movimento e Estrutura surgiu a criação, O Homem. 

Portanto, para alguns, Nanã é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte, passando por uma transmutação para que se transforme continuamente e nada se perca. 

Esta é uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido. 

Orixá que também rege a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria uma filha de Nanã escondida”. 

Nanã faz o caminho inverso da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido. 

A senhora do reino da morte é, como elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta, numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos como Ogum e Xangô, por exemplo.

Muitos são portanto os mistérios que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional. Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas. Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém com o mundo.

Nanã forma par com Obaluaiê. E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação. 

Este mistério divino que reduz o espírito, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro. 

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação. 

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. 

Esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido por essas águas. 

Quando dança no Candomblé, ela faz com os braços como se estivesse embalando uma criança. Sua festa é realizada próximo do dia de Santana, e a cerimônia se chama Dança dos Pratos. 


| Origem |


Nanã, é um Orixá feminino de origem daomeana, que foi incorporado há séculos pela mitologia iorubá, quando o povo nagô conquistou o povo do Daomé (atual República do Benin), assimilando sua cultura e incorporando alguns Orixás dos dominados à sua mitologia já estabelecida.

Resumindo esse processo cultural, Oxalá (mito yorubá ou nagô) continua sendo o pai e quase todos os Orixás. Iemanjá (mito igualmente ioruba) é a mãe de seus filhos (nagô) e Nanã (mito jêje) assume a figura de mãe dos filhos daomeanos, nunca se questionando a paternidade de Oxalá sobre estes também, paternidade essa que não é original da criação das primeiras lendas do Daomé, onde Oxalá obviamente não existia. Os mitos daomeanos eram mais antigos que os nagôs (vinham de uma cultura ancestral que se mostra anterior à descoberta do fogo). Tentou-se, então, acertar essa cronologia com a colocação de Nanã e o nascimento de seus filhos, como fatos anteriores ao encontro de Oxalá e Iemanjá. 

É neste contexto, a primeira esposa de Oxalá, tendo com ele três filhos: Iroco (ou Tempo), Omolu (ou Obaluaiê) e Oxumarê. 

| As  Características dos filhos de Nanã |

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá de cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: carinhosa às vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero, mas também ranzinza, preocupada com detalhes, com forte tendência a sair censurando os outros. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar demais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em 
grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural. Nanã, através de seus filhos-de-santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros. 

Às vezes porém, exige atenção e respeito que julga devido mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas cometem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.

Suas reações bem equilibradas e a pertinência das decisões, mantém-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta de situações do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou até voltando para trás: são aqueles que reclamam das viagens espaciais, dos novos costumes, da nova moralidade, etc.

Quanto à dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.

Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo, como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas às crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós. Suas reações bem equilibradas e a pertinência de suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça, com segurança e majestade. 

O tipo psicológico dos filhos de Nanã à introvertido e calmo. Seu temperamento é severo e austero. Rabugento, é mais temido do que amado. Pouco feminina, não tem maiores atrativos e à muito afastada da sexualidade. Por medo de amar e de ser abandonada e sofrer, ela dedica sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

| Lenda de Nanã |


| Como Nanã ajudou na criação do homem | 

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mas a criatura ficou dura. De pedra, mas ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixá povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar à natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.

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Referência texto:
Sociedade Espiritualista Mata Virgem | Curso de Umbanda
Imagens originais: www.google.com.br
Imagens finais: Beto Ribeiro
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Olá pessoal!!!!
Hoje foi um pouco mais deste mundo fantástico dos orixás. Espero que tenham gostado.

Grande abraço!!!
Fiquem com Deus!!! Namastê.

Beto Ribeiro.