terça-feira, 23 de julho de 2013

Um dia poético.


| Renascer... |


Foi seu o parto... E meu o partir...
Renasci de um tal sentimento bastardo,
por um corpo gerado, molhado partido
sem dar tempo ao tempo, nem ao gemido...

Expelido fui, comprimido... Sem Comprimido...

Acordei com vida nas entranhas,
larguei o casulo, num pulo,
situei a visão procurando galho,
que um dia fui folha e falho...

Iluminei o escuro porão da ilusão,
com raios ao tédio que cercou-me em grilhão...

E aos anos passados em mares abrandados,
da razão sem razão, me despertei por um não...
Larguei vento, rasguei em espaço lamento
pra viver um porvir, que veio ao amor pelo sono lento...

Que tarde... Sem hora, que por agora foi embora...
Senhora que do ventre seu, pariu um eu...

E da dor restou apenas o cordão,
da água um pingo... Um grão.
Da batida espremida, lembro somente a canção
de um coração que pulsou... Berrou e chorou,

Se foi seu tempo mulher...
Deixou para trás corpo nu, o meu...
Sem fé ou sentir divino, mas,
religiosamente por ti um sentimento...

Ateu...
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Beto Ribeiro | Julho 2013
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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“Eu quero amar, amar perdidamente. Amar só por amar.” [Florbela Espanca]

Olá pessoal!!!
Cada vez que reconhecemos em nós e capacidade do renascimento, desenvolvemos então uma  aceitação às limitações e aos amores que nos estão próximos ao socorrer...

Forte abraço e beijo grande no coração de cada um! Fiquem com Deus!!! Namastê!

Beto Ribeiro.

Um comentário:

Beto Ribeiro disse...

Olá Bruh Brito

Obrigado pelo comentário tão carinhoso.

Obrigado!!

Bjs