terça-feira, 12 de julho de 2011

Amigo Tingo...

Hoje, de algum lugar, 12 de Julho 2011.

Diga lá Tingo... quanto tempo!!!

Lembrei de você grande amigo, companheiro que não me é mais tão próximo, fico triste cara.
Quantas coisas fizemos juntos, quantas gargalhadas trocamos nos tropeços da vida, vivida em felicidade de sonhar acordado com um tempo que caberia somente a nós, sem mais um, ou mais mais, com gargalhadas frouxas pelo nada, admirado da janela da lateral da casa, dos balões colocados no ar sem espaço físico ou física...

Sinto tanta falta dos amores que tentávamos conquistar, e aplicávamos em resenha de final de madrugada, para saber onde foi o erro na negativa estonteante, é... e parece que ainda não aprendi. kkkkkk
Gargalhadas me vem a mente cara, de um tempo distante que ficou preso às músicas dos mineiros, ou roceiros americanos, ou Robertos Carlos... tempo legal, tempo sem a crueldade de verde, porque éramos garotos, meninos apenas começando a vida, descobrindo e pintando de cores reais o azul e rosa, que nossos olhos viam e a todo custo queriam deixar.

Se lembra do pé de jamelão??? Caramba subíamos lá no alto, quase chegando ao céu, para pegar o jamelão mais gordinho e redondinho, e nos maravilhar com a língua extremamente roxa, ou as broncas da D. Marina pelas manchas nas poucas roupas usáveis que tínhamos... mas que nos eram suficientes ao crescimento feliz.
E as carambolas? O jogo de peão, futebol era vício né? Se lembra, até ganhei dinheiro jogando? Mas quando quebraram o meu joelho, acabou o sonho. rsrsrs Mas foi legal, mesmo assim.

Ah!!! as brincadeiras de carniça, garrafão, pega ladrão, pera-uva-maça e salada de fruta completa, hahahaha que legal tudo era, meus neurônios agitadíssimos agem hoje, agora escrevendo a ti, como nos dias em que vivemos isto, me dosando elixir de juventude a cada lembrança viva de um passado que se confunde com o presente...  De uma mocidade que em flash, desdobra meu querer reviver e fazer igualzinho, tudo de novo. rsrsrs

É Tingo... crescemos. Mas sabe, que ainda me pergunto se foi de verdade? Porque aquelas cores permanecem, mas já não curam as dores de agora, as dores do branco na cara, ou do negro da espora nas cinturas, ou os vergões internos que minhas costas guardam.
Amigo Tingo, sinto uma ardência no nariz ao falar com você, e perco a visão pelo marejar dos olhos, que ultimamente tem sido uma constante pelos acontecimentos diários.
Sei que você se foi em viagem sem volta, em prisão domiciliar voluntária e me deixou nem sei bem quando ou aonde, mas, parece continuar guiando os meus passos a todo instante, fazendo que eu relembre as boas coisas como xarope reconfortante.

Hoje até escrevo algumas coisas, as poesias que sempre insistiu em me ensinar, e eu nunca quis aprender, mas, agora até me arrisco em escrever sentimento e enviar às pessoas queridas, digo, pessoa querida, mas até a pessoa... deixa pra lá Tingo.
E os desenho que esqueci de te dizer, são eles que me sustentam, que me dão o tal pão de cada dia, que brincávamos nas rezas da igreja, que nem vou mais, porque sou espírita, hoje já sem a vergonha de dizer como naqueles tempos, mas convícto que que existe outros lugares depois daqui, os quais com certeza nos encontraremos. rsrsrs Acredito que você rirá também. kkkk

É, Tingo... de repente a saudade bateu, deve ser por que estou muito próximo de ti, e venho contando o tempo ao invés de contar idade. Mas, espero que esteja bem e sempre dando a mão a quem precisar, com fazíamos.

Um grande e apertado abraço Tingo e que continuemos sendo um, desde sempre.
Deixo pra você o último escrito de quem sente um dia como uma pena nas mãos...

Beto.




Ir... apenas ir...

E fui... com simplório sorriso, parti...
Quando disseste que sou nada além do simples,
e falaste do sorriso como algo a não se lembrar,
me deste um belo ponto de não me deixar escolha,
me conteve como encosta em muralha íngreme
preste a desabar em coração fechado,
em portas sem tranca ou cancela trancada.
Pois fim, sem ter começo,
transferiu o amor ao tropeço,
me delirou em versos e tirou-me o lenço da chegada,
sem ao menos dizer que sim...
Oh! Doce gostar em cena aberta, dos aplausos sem mãos,
amor sem beijos, negativas sem gracejos,
interrupção sem lampejos uma outra cena.
Oh! Doce amado cansaço do cisne branco e negro que me consome,
no riso firme, no rumo franco, de não mais seguir seu leme ao léu,
e deixar seu voo sem mirar ao acariciar seus pelos,
no devaneio de amar sem a mínima chance de rever
o amor descontado do viver.
Não quero mais, não posso mais, nem mesmo
um cortejo que fere o desejo em horas necessárias
de carícias verbais, para o depois vir seco e único,
como pancada militar em coxas facéis aos braços esplêndidos.
Sim dobrei a encosta da resposta,
o cabo dos ventos que falam,
o perceber de que meu pássaro
está somente nos meus sonhos,
e aquele ermitão continua apenas no rabisco de giz,
porque enquanto acreditou no amor,
se tornou um ser meramente feliz.
Bom... sobretudo amou...

Beto Ribeiro
Fiquem todos com Deus e um beijo no coração!
Beto Ribeiro

2 comentários:

Anônimo disse...

Fiquei com os olhos marejados,pude sentir todo amor e emmoção impresso no texto!!Bjs
Pri Jacoby

Beto Ribeiro disse...

Olá Pri!!!

Obrigado querida, isto é um pouco de mim, falando pra mim mesmo e vocês.
Muito obrigado!!!
O Tingo sou eu. hehehehe

Beijo grande e fique com Deus!

Beto