terça-feira, 9 de junho de 2020

Diário Vinte e Oito - Dia 07

Olá pessoal, boa noite!!! 
E pandemia continua, e a clausura também, porém, como a máxima do "tudo passa" é como um mantra em meu dia a dia, continuo mantendo a vibração bem lá em cima, trabalhando, orando, sorrindo e acreditando que tudo isso é apenas um pouco mais do Divino, me ensinando o valor de se estar em terra, em aprendizado constante, na gratidão por estar em pleno caminhar na direção da minha luz interna, que me fará trilhar o caminho que ainda tenho com um pouco mais de tranquilidade, e quem sabe, um pouco mais de amor. 
Bem, deixo aqui então, mais do livro Diário Vinte e Oito. Sintam-se em casa!!! 
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Capa/Orelhas / Foto: Beto Ribeiro
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Nelma... Amor meu / Foto: Beto Ribeiro

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O Calor... (Dia 7)

Era você o calor melhor a sentir,
meu meio-dia lia em ti o olhar,
arrastava meu cheiro no seu,
transplantando pele minha em suor roçar...

esfregava cheiro meu ao seu em aceite,
em costas ardente, torrava peito em deleite
afinava meu paladar em ti que ardia,
em hálito sentido da vida ao que doía...

Minha vinha, minha sorte, morte norte
bebido em linho, em seu colchão me faço ninho,
seguro o calor em atento silêncio, e vou

cortar em beijo seu grito cio,
macio lençol de sair e voltar,
e em manso abraço, silencio meu gozar...
                                              …...........

                Gostaram?! Espero que sim!! 
Então meus amigos, tenho a poesia sempre como um encontro da alma com a calma de viver, sinto ao escrever, uma sensação inigualável de vida plena, e me entrego por inteiro em cada linha que deixo em meus textos, com puro prazer de estar afinado ao sentimento maior do amor. 
Obrigado pelo carinho de sempre, e fiquem com Deus. 
Beto Ribeiro. 

terça-feira, 28 de abril de 2020

Diário Vinte e Oito - Dia 04

Olá pessoal, boa tarde!!!
Apesar da pandemia que nos deixa em agonia, usarei então, a poesia no amenizar dores dos dias e fazer rimas diversas ao entardecer, tentando trazer amor, paz e calor aos leitores amigos daqui.

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Capa / Foto: Beto Ribeiro
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Nelma... Amor meu / Foto: Beto Ribeiro

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Alvorecer... (Dia 4)

Adormece o amor a cada desvio da fé,
incorpora ao dia menos luz
ao derrame de palavras,
que carregadas de mágoa, faz o são menos são...

Sentir a dor ao amanhecer faz descrer,
vela a alma no instante do alvorecer,
estampa ao desjejum um sabor amargo,
e ao sorriso o desalento disfarçado em ilusão...

o corpo adoece,
a palavra umedece o olhar,
e faz deixar no dia a tonteira do andar...

sem dar guarida à palavra sentida,
dispenso a dor, e vou caminhando,
e sorrindo, e cantando, a labuta do dia...
                                                             ….
Então gente, o quarto texto do livro presente, espero que a poesia traga o bem e deixe melhor o temo que estamos passando.  

Abraço grande, que Deus ilumine os dias e traga bênçãos aos corações de todos.

terça-feira, 14 de abril de 2020

Diário Vinte e Oito - Dia 03

Olá pessoal, boa tarde!!!
Em pleno aconchego do lar, em recesso domiciliar, volto aos escritos e posto mais um do sonetos conforme prometido.

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Nelma... Amor meu / Foto: Beto Ribeiro

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Infinito... (Dia 3)

Invadido pela insana paz infinita,
do rubor de face que me mostro a ti,
ao ardido sentido do grito calado,
que o aperto do corpo alvorece o pensar...

Me entrego ao desejo do Eros,
esfrego o paladar ao gozo gosto de estar
sentindo a pele nua, em crua convulsão
e a resposta do calor que se perde em razão...

E o delírio partilha em minha quentura,
o gosto felino da sua cintura,
e despeja no ar, o som alto do parar...

em gosto maroto, o menino bandido
rouba a voz e a cor do gemido,
deixando em troca, o contido do querer ficar...
                                                             ….
Então galera, mais um dos vários que ainda publicarei por aqui. Espero que tenham gostado. 

Abraço grande, fiquem com Deus e em casa, se possível

Beto Ribeiro  

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Diário Vinte e Oito - Dia 02

Olá, tudo bem gente da luz?!
Tô voltando hoje dando sequência a publicação digital do meu livro Diário Vinte e Oito, o qual, como disse na postagem anterior, se transformou em um presente de aniversário para minha mulher. 
Então, vamos ler?!

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Nelma... Amor meu / Beto Ribeiro

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Hoje... (Dia 2)

Passou...
O dia em que o sorriso simples
era coberto pelo vento do desamor
na espera de um corpo quente acolher...

Passou... a visão opaca pendente,
estendendo por dias valetas de mar azul, que
bloqueava o nascimento da flor,
que necessitava apenas de gotas de olhar...

Então fica, mora e aflora a vida ao dia,
ao eterno vir no brilho de olhar, 
no andamento do ser ao notar...

Que hoje, basta o agora,
a visão do ar molhado semeado em sorriso,
que o amor verte, somente em beleza de viver.
                                                             ….
Taí gente, este foi o segundo soneto que compus para este projeto. Espero que tenham gostado. 

Abraço grande, fiquem com Deus e em casa, se possível

Beto Ribeiro  

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Diário Vinte e Oito - Dia 01

Olá, tudo bem gente querida?!
Seis anos?!!
Sim, seis longos anos!!!!
Quanto tempo, e quanta saudade de estar por aqui.
Então, durante este tempo fiz tantas coisas, boas, contudo, o tempo era pouco para postar o que fazia, pensava, vivia e transformava em vida a energia que me aflora os poros e alegrava tudo.
E uma destas coisas maravilhosas, foi eu ter casado de novo, e com uma pessoa linda!
E aproveitando o tempo que agora me é concedido pelos céus, postarei aqui um projeto que transformei em presente de aniversário para o ‘’amor meu’’, amor este que ilumina, e da a graça do sorriso diário, nos meus últimos 5 anos.

O Projeto é um livro, Diário Vinte e Oito, composto por vinte sonetos, escrito um a cada dia da semana de janeiro/2019, descrevendo neles o meu sentimento diário transcritos em versos, adornados com uma foto dela, em impressão a laser, encarnado em capa dura gravadas em dourado e box igual, um trabalho totalmente artesanal.

Acho que descrevi bem direitinho o que fiz não é?! Assim sendo, deixarei aqui em postagem, os vinte e oito sonetos pra que possam dividir comigo, com ela (Nelma), e com a poesia o prazer de caminhar em versos e a beleza de sentir o amor do dia a dia de um sempre poeta, eu.

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Diário Vinte e Oito...

Sonetos...



Uma exposição poética dos primeiros 28 dias de 2019, 

dispostos em 20 sonetos, dedicados exclusivamente a arte

nobre de amar, e deixar ficar em cada verso a certeza de que o amor
é, e será a forma única para podermos chegar a disposição final do ser luz.

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Os numeros são... (Dia 1) 

Dois é o primeiro da lista de desejos,
na alegria dos foguetes dispara o coração,
cala a alma, acende a paixão, 
distancia a calma, e diverte o alegre bufão...

O zero fica quase ao meio,
corre para a esquerda sem posição animada,
esquece a barriga, saboreia o vinho,
até a hora desejada ser firmada...

O próximo é o um, de fraque e cartola,
deixa o desejo ir embora,
com barulhos, lamentos e alegrias...

Abrindo passagem para o nove,
que novo, impõe a nobreza,
às boas-vindas, à crença que se faz rogar...
                                                             ….
Então pessoal, estou feliz por estar de volta, e deixar um pouco de mim por aqui. Espero que tenham gostado.

Abraço grande, e fiquem com Deus!!

Beto Ribeiro  

terça-feira, 27 de maio de 2014

Poetizando o nós...




| Nós... |



Éramos festa,
e lambuzávamos nossos corpos,
em potes enormes de sorrisos,
até que o pensamento tomasse conta,
e nos acordasse na madrugada,
no meio de cada sonhar...

Éramos figuras expostas
ao nosso próprio prazer,
sufocávamos qualquer dor
num envolver de amor às luzes
apaixonadas de um devorar a paz,
em cinturas sobrepostas ao som...

Vão era o tempo que nem percebíamos
desprender aos toques, aos sopros,
que poderiam até deslocar as velas
esticadas em mastro de laser qualquer...

Delirávamos incansáveis ao lamento de rouca dor,
e gargalhávamos mais tarde, zombando
do encarnar da face de ti, rosada por pelos
que do rosto meu, dançavam ao teu procurar,
em suspiros leves que cobriam seu roseiral...

Hoje porém, sentado aqui neste vai-vem,
ruborizo ao vento lento, ao simples desprender
de um passado, que nem mesmo sei
se foi ateu ou sagrado, se foi verdade ou sonhado...

E que agora me movimenta a alma
e me mantém em vida quase calma...
A espera de um acordar no passado.

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Beto Ribeiro | Fevereiro 2014
Imagem original: www.google.com.br
Imagem final: Beto Ribeiro
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Sempre quis um amor que coubesse no que me disse.” [Elisa Lucinda]

Olá pessoal!!!
Poetizar os dias torna mais fácil o caminhar.
Beijo grande no coração de todos! Fiquem com Deus!!! Namastê!

Beto Ribeiro.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Uma religião que prega o amor...

| Senhor juiz, pare agora... |

[Representação das Sete linhas de Umbanda em seus Orixás.]
Olá pessoal!!!

Vejam esta:

“O juiz Federal Eugênio Rosa de Araújo, da 17ª vara do RJ, negou pedido de antecipação de tutela do MPF/RJ para retirada de vídeos hospedados no YouTube com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras. Para o magistrado, “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença - são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”. O MPF interpôs, na última sexta-feira, 9, agravo de instrumento no TRF da 2ª região contra a sentença.
O magistrado afirmou ainda que tais crenças “não contêm os traços necessários de uma religião”, que seriam um texto-base, como o Corão ou a Bíblia, estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado.”

Acho que o tal meritíssimo desconhece totalmente sobre o que ele legisla em termos de religão, ainda mais em um país que se diz Laico.
[Estado Laico: Um Estado secular ou estado laico é um conceito do secularismo onde o poder do Estado é oficialmente neutro em relação às questões religiosas, não apoiando nem se opondo a nenhuma religião. Um estado secular trata todos seus cidadãos igualmente, independentemente de sua escolha religiosa, e não deve dar preferência a indivíduos de certa religião.]

Para que não paire dúvidas, coloco a minha contribuíção humilde em termos da minha prática religiosa, a Umbanda, para que o Sr. Juiz ou até outros mais interessados possam entender que a Umbanda pratica o Cristianismo, e de forma cristalina, fazendo da caridade cristã a bandeira máxima desta prática.

Vamos entender mais um pouco “Sr. Juiz”?

| O que é Umbanda? |

[Altar ou Gongá com pontos riscados representando
as sete linhas dos orixás da Umbanda]

Vejamos o que nos diz o Aurélio: 
Verbete: umbanda [Do quimb. umbanda, ‘magia’.] S. m.

1. Bras. Forma cultual originada da assimilação de elementos religiosos afro-brasileiros pelo espiritismo brasileiro urbano; magia branca.

2. Bras., RJ. Folcl. Grão-sacerdote que invoca os espíritos e dirige as cerimônias de macumba. 
[Var.: embanda.]


[Orixalá ou Oxalá]


UMBANDA é religião! 
Se dentro da Umbanda conseguimos nos religar com Deus, conseguimos tirar o véu que cobre nossa ignorância da presença de Deus em nosso íntimo, então podemos chamar nossa fé de Religião.  Como mais uma das formas de sentir Deus em nossa vida, a Umbanda cumpre a função religiosa se nos levar à reflexão sobre nossos atos, sobre a urgência de reformularmos nosso comportamento aproximando-o da prática do Amor de Deus.

A Umbanda é uma religião lindíssima, e de grande fundamento, baseada no culto aos Orixás e seus servidores: Crianças, Caboclos, Preto-velhos e Exús. Estes grupos de espíritos estão na Umbanda “organizados” em linhas: Caboclos, Preto-velhos, Crianças e Exus. Cada uma delas com funções, características e formas de trabalhar bem específicas, mas todas subordinadas as forças da natureza que os regem, os Orixás. 
Na verdade a Umbanda é bela exatamente pelo fato de ser mista como os brasileiros, por isso é uma religião totalmente brasileira.

Mas, torna-se imperioso, antes de ocuparmo-nos da anunciação da Umbanda no plano físico sob a forma de religião, expor sinteticamente um histórico sobre os precedentes religiosos e culturais que precipitaram o surgimento, na 1ª década do século XX, da mesma.
Em 1500, quando os portugueses avistaram o que para eles eram as Índias, em realidade Brasil, ao desembarcarem depararam-se com uma terra de belezas deslumbrantes, e já habitada por nativos.
Os lusitanos, por imaginarem estar nas Índias, denominaram a estes aborígines de índios. 


[Oxóssi]

Os primeiros contatos entre os dois povos foram, na sua maioria, amistosos, pois os nativos identificaram-se com alguns símbolos que os estrangeiros apresentavam. Porém, o tempo e a convivência se encarregaram em mostrar aos habitantes de Pindorama (nome indígena do Brasil) que os homens brancos estavam ali por motivos pouco nobres.

O relacionamento, até então pacífico, começa a se desmoronar como um castelo de areia. São inescrupu-losamente escravizados e forçados a trabalhar na novel lavoura. Reagem, resistem, e muitos são ceifados de suas vidas em nome da liberdade. Mais tarde, o escravizador faz desembarcar na Bahia os primeiros negros escravos que, sob a égide do chicote, são despejados também na lavoura. Como os índios, sofreram toda espécie de castigos físicos e morais, e até a subtração da própria vida. 
Desta forma, índios e negros, unidos pela dor, pelo sofrimento e pela ânsia de liberdade, desencarnavam e encarnavam nas Terras de Santa Cruz. Ora laborando no plano astral, ora como encarnados, estes espíritos lutavam incessantemente para humanizar o coração do homem branco, e fazer com que seus irmãos de raça se livrassem do rancor, do ódio, e do sofrimento que lhes eram infligidos. 
Além disso, muitas das crianças índias e negras, eram mortas, quando meninas (por não servirem para o trabalho pesado), quando doentes, através de torturas quando aprontavam suas “artes” e com isso perturbavam algum senhor. Algumas crianças brancas, acabavam sendo mortas também, vítimas da revolta de alguns índios e negros. 
Juntando-se então os espíritos infantis, os dos negros e dos índios,  acabaram formando o que hoje, chamamos de: Trilogia Carmática da Umbanda. Assim, hoje vemos esses espíritos trabalhando para reconduzir os algozes de outrora ao caminho de Deus.


[Ogum]

A igreja católica, preocupada com a expansão de seu domínio religioso, investiu covardemente para eliminar as religiosidades negra e índia. Muitas comitivas sacerdotais são enviadas, com o intuito “nobre” de “salvar” a alma dos nativos e dos africanos. 
A necessidade de preservar a cultura e a religiosidade, fez com que os negros associassem as imagens dos santos católicos aos seus Orixás, como forma de burlar a opressão religiosa sofrida naquela época, e assim continuar a praticar e difundir o culto as forças da natureza, a esta associação, deu-se o nome de “Sincretismo religioso”.

O candomblé iorubá, ou jeje-nagô, como costuma ser designado, congregou, desde o início, aspectos culturais originários de diferentes cidades iorubanas, originando-se aqui diferentes ritos, ou nações de candomblé, predominando em cada nação tradições da cidades ou região que acabou lhe emprestando o nome: queto, ijexá, efã. Esse candomblé baiano, que proliferou por todo o Brasil, tem sua contrapartida em Pernambuco, onde é denominado xangô, sendo a nação egba sua principal manifestação, e no Rio Grande do Sul, onde é chamado batuque, com sua nação oió-ijexá (Prandi, 1991). Outra variante ioruba, está fortemente influenciada pela religião dos voduns daomeanos, é o tambor-de-mina nagô do Maranhão. Além dos candomblés iorubás, há os de origem banto, especialmente os denominados candomblés angola e congo, e aqueles de origem marcadamente fom, como o jeje-mahim baiano e o jeje-daomeano do tambor-de-mina maranhense. 
Os anos sucedem-se. Em 1889 é assinada a “lei áurea”. O quadro social dos ex-escravos é de total miséria. São abandonados à própria sorte, sem um programa governamental de inserção social. Na parte religiosa seus cultos são quase que direcionados ao mal, a vingança e a desgraça do homem branco, reflexo do período escravocrata. No campo astral, os espíritos que tinham tido encarnação como índios, caboclos (mamelucos), cafuzos e negros, não tinham campo de atuação nos agrupamentos religiosos existentes. O catolicismo, religião de predominância, repudiava a comunicação com os mortos, e o espiritismo (kardecismo) estava preocupado apenas em reverenciar e aceitar como nobres as comunicações de espíritos com o rótulo de “doutores”. Os Senhores da Luz (Orixás), atentos ao cenário existente, por ordens diretas do Cristo Planetário (Jesus) estruturaram aquela que seria uma Corrente Astral aberta a todos os espíritos de boa vontade, que quisessem praticar a caridade, independentemente das origens terrenas de suas encarnações, e que pudessem dar um freio ao radicalismo religioso existente no Brasil.


[Xangô]

Começa a se plasmar, sob a forma de religião, a Corrente Astral de Umbanda, com sua hierarquia, bases, funções, atributos e finalidades. Enquanto isto, no plano terreno surge, no ano de 1904, o livro Religiões do Rio, elaborado por “João do Rio”, pseudônimo de Paulo Barreto, membro emérito da Academia Brasileira de Letras. No livro, o autor faz um estudo sério e inequívoco das religiões e seitas existentes no Rio de Janeiro, àquela época, capital federal e centro socio-político-cultural do Brasil. O escritor, no intuito de levar ao conhecimento da sociedade os vários segmentos de religiosidade que se desenvolviam no então Distrito Federal, 
percorreu igrejas, templos, terreiros de bruxaria, macumbas cariocas, sinagogas, entrevistando pessoas e testemunhando fatos. Não obstante tal obra ter sido pautada em profunda pesquisa, em nenhuma página desta respeitosa edição cita-se o vocábulo Umbanda, pois tal terminologia era desconhecida. 
A formação histórica do Brasil incorporou a herança de três culturas : a africana, a indígena e a européia. Este processo foi marcado por violências de todo o tipo, particularmente do colonizador em relação aos demais. A perseguição se deveu a preconceitos e a crença da elite brasileira numa suposta alienação provocada por estes cultos nas classes populares.


[Yemanjá]

No início do século XX, o choque entre a cultura europeizada das elites e a cultura das classes populares urbanas, provocou o surgimento de duas tendências religiosas na cidade do Rio de Janeiro. Na elite branca e na classe média vigorava o catolicismo; nos pobres das cidades (negros, brancos e mestiços) era grande a presença de rituais originários da África que, por força de sua natureza e das perseguições policiais, possuíam um caráter reservado. 
Na segunda metade deste século, os cultos de origem africana passaram a ser freqüentados por brancos e mulatos oriundos da classe média e algumas pessoas da própria elite. Isto contribuiu, sem dúvida, para o caráter aberto e legal que estes cultos vêm adquirindo nos últimos anos. 
Esta mistura de raças e culturas foi responsável por um forte sincretismo religioso, unificando mitologias a partir de semelhanças existentes entre santos católicos e orixás africanos, dando origem ao Umbandismo. 
Ao contrário do Candomblé, a Umbanda possui grande flexibilidade ritual e doutrinária, o que a torna capaz de adotar novos elementos. Assim o elemento negro trouxe o africanismo (nações); os índios trouxeram os elementos da pajelança; os europeus trouxeram o Cristianismo e o Kardecismo; e, posteriormente, os povos orientais acrescentaram um pouco de sua ritualística à Umbanda. Essas cinco fontes criaram o pentagrama umbandista:

1 - Cristianismo. 
2 - Kardecismo. 
3 - Africanismo. 
4 - Indianismo. 
5 - Orientalismo.


[Yorimá | Pretos-Velhos]

Os seguidores da Umbanda verdadeira só praticam rituais de Magia Branca, ou seja, aqueles feitos para melhorar a vida de determinada pessoa, para praticar um bem, e nunca de prejudicar quem quer que seja. Os espíritos da Quimbanda (Exus) podem, no entanto, ser invocados para a prática do bem, contanto que isso seja feito sem que se tenha que dar presentes ou dinheiro ao médium que os recebe, pois o objetivo do verdadeiro médium é tão somente a prática da caridade.


Algumas casas de Umbanda homenageiam alguns Orixás do Candomblé, como por exemplo: Oxumarê, Ossãe, Logun-Edé. Mas os mesmos, na Umbanda, não incorporam e nem são orixás regentes de nenhum médium. 
Nós temos os nossos guias de trabalho e entre eles existe aquele que é o responsável pela nossa vida espiritual e por isso é chamado de guia chefe, normalmente é um caboclo, mas pode ser em alguns casos um preto-velho. 

| Aspectos Dominantes do Movimento Umbandista: |

 1 - Ritual, variando pela origem. 
 2 - Vestes, em geral brancas. 
 3 - Altar com imagens católicas, pretos velho, caboclos. 
 4 - Sessões espíritas, formando agrupamentos em pé, em salões ou terreiro. 
 5 - Desenvolvimento normal em corrente. 
 6 - Bases; africanismo, kardecismo, indianismo, catolicismo, orientalismo. 
 7 - Serviço social constante nos terreiros. 
 8 - Finalidade de cura material e espiritual. 
 9 - Magia branca. 
10 - Batiza, consagra e casa.


[Yori | Crianças] 

| Ritual |

A Umbanda não tem, infelizmente, um órgão centralizador, que a nível nacional ou estadual, dite normas e conceitos sobre a religião ou possa coibir os abusos. Por isso cada terreiro segue um ritual próprio, ditado pelo guia chefe do terreiro, o que faz a diferenciação de ritual entre uma casa e outra. Entretanto, a base de todo terreiro tem que seguir o principio básico do bom senso, da honestidade e do desinteresse material, além de pregar, é claro, o ritual básico transmitido através dos anos pelos praticantes. 
O mais importante, seria que todos pudessem encontrar em suas diferenças de culto, o que seria o elo mais importante e a ele se unissem. Tal elo é a Caridade! 
Não importa se o atabaque toca, ou se o ritmo é de palmas, nem mesmo se não há som. 
O que importa é a honestidade e o amor com que nos entregamos a nossa religião.

Referência de texto: Sociedade Espiritualista Mata Virgem  | Curso de Umbanda.
Imagens Originais: www.google.com.br .
Imagens finais: Beto Ribeiro. 

Esta é a Religião Umbanda Sr. Meritíssimo, e estará sempre de portas abertas às pessoas que queiram esclarecimento quanto a prática do cristianismo, através do amor e da caridade!

Um forte abraço, e beijo grande no coração de todos!!

Beto Ribeiro.