Feliz aniversário Ermitão!!!!

Poderosa Isis... Um ano depois!

Olá pessoal!!!

Parabéns pro Ermitão, ele é legalzão...

Um ano de Ermitao do Giz, pra deixar todo mundo feliz!!! kkk

Aí gente, uma das coisas que mais gosto de fazer, além de desenhar sozinho rsrs (origem do nome do blog), é escrever sozinho kkkk. Longe de mim egoísmo, ou mundo umbilical, quem me conhece ao vivo e a cores sabe bem que minha vida é exatamente o contrário.

E por conta disso, resolvi comemorar diferente esse primeiro aniversário do blog, presenteando a vocês, que passaram por aqui um pouco mais de 13.000 vezes (é bonito isso, né? hihihihi) com uma outra coisa que também me deixa fascinado, nesta minha tentativa humilde de encarnação.

Mitologia... especificamente a egípcia.

Juntando isto que gosto, e fazendo uma poção em um caldeirão de magia, resolvi contar um pouco da mitologia egípcia de  Isis e Osiris, de uma forma meio diferente...

Uma vida e um amor incondicional entre dois seres, acima de qualquer fonte carnal que possa ser pautada em verbo, um amor maior que nem o tempo poderia supor guardar, que cercou essas duas divindades em um misto de esperança e dor, encontros e desencontros, amores e perdas, enfim, momentos de prazer em se darem muito, por conta de tanto amor.

Vejam... ou melhor, leiam!!!! rs

- A lenda de Isis e Osiris - 

Rá, o deus-sol, descobrindo que Nut, a senhora dos ceus, estivera em companhia de Geb, a terra, lança sobre ela um castigo pelo qual a deusa não poderia procriar em nenhum mês ou ano. O deus Thot, também apaixonado por Nut, em um jogo com a lua ganhou-lhe a sétima parte de cada uma de suas luminárias.

Juntando essas partes, que formavam ao todo cinco dias, acrescentou-as aos trezentos e sessenta dias do ano. Dessa forma Nut pode gerar filhos. No primeiro dia nasceu Osíris; no segundo Hórus (o velho); no terceiro Seth; no quarto Ísis; e no quinto dia, Néftis. Seth casou-se com Néftis e Osíris com Ísis.

Osíris dedicou-se a civilizar seus súditos, desviando-os do seu antigo estilo de vida nômade, indigente e bárbaro.

Ensinou-os a cultivar a terra e a aproveitar da melhor maneira os seus frutos; ensinou-os a trabalhar com os metais e a fazer armas para defenderem-se das feras; convenceu-os a viver em comunidade e a fundar cidades; deu-lhes um conjunto de leis para que por elas o povo regulasse sua conduta e instruiu-os na reverência e adoração aos deuses.

Ísis, a irmã-esposa de Osíris, curava as doenças dos homens e expulsava os espíritos malignos com magia; fundou a família; ensinou os homens a fazer pão e às mulheres todas as artes femininas. Osíris decidiu levar esses conhecimentos ao resto do mundo e confiou a regência do seu trono a Ísis. Durante a ausência de Osíris, seu irmão Seth tentou apossar-se do trono, mas foi frustrado em suas intenções por Ísis.

Osíris regressou de sua viagem, concluída com êxito, e Seth armou nova trama: tirou as medidas do corpo de irmão, em segredo, e mandou fazer uma bela arca, adornada e realçada com pedras. Deu uma festa em comemoração ao retorno de Osíris e propôs que presentearia com a arca a quem nela entrasse e a ocupasse com o próprio corpo. Todos os convidados entraram na arca mas ela sempre resultava grande. Chegou a vez de Osíris cujo corpo, de grande estatura, adaptou-se perfeitamente à arca. Seth e seus cúmplices fecharam a arca lacrando-a e lançando-a no rio Nilo...

Fonte do texto:
http://www.misteriosantigos.com/pagina17.htm

Bem pessoal transformei então, uma parte desta lenda em sonetos, tentando transmitir a todos, a minha visão de como é um amor incondicional, que supera o tempo/espaço...

Espero que gostem, pois, a forma poética de transmitir o amor, ainda é a melhor maneira de contaminação de nossas vidas pelo bem. rs Vamos lá!


... Os sorrisos de Isis ...

Sorriso de Isis

Que paz me traz...

verdadeiro sentido do temperar de um dia

fechado com a gentileza de um sorriso

sem direção, apenas sereno e pequeno.

seria um milhão se não fosse somente um,

minúsculo de audição, vago de melindres,

cântico de deuses a estalar nos ouvidos

dos incrédulos, em clamor de amor.

Ah... sutil obra rara da majestade enigmática,

que por esfinges mostras o seu sorrir

iluminando as areias tímidas das dunas...

solta e leve, monta e carregue

em bracelete dourado,

desenho hieroglifado em doce prazer.

Sorriso de Isis II (Néftis)

O cansaço me abate,

andarilho suado, cativando as areias

do deserto interno de um humano que

zomba de mim mesmo em progresso,

minhas partes espalhadas em um Nilo

de sombras e lembranças torpes

boiam a míngua em ardentes raios

dourando a carne fria.

Poderosa deusa, não me veja Néftis

recolha meus pedaços e os faça unidos

na trama do seu tecer iluminado.

Que Nut seja aqui sob seus pés,

e a tempo e hora, conceda te transformar

em águia de águas puras, em me olhar.

Sorriso de Isis III (Osiris)

Meus olhos não viam minhas mãos,

pedaços de corpos espalhados

naquele Nilo desbravador do solo seco

e escaldante, em deserto de almas,

rogava a ti, por lágrimas curadoras,

porém, onde estavas tu?

A minha procura em vão, a andar 

em assoreamento das margens de adeus.

Nunca me deixe de procurar, por me juntar,

una as partes de nós dois, em um único

coração que está particionado em só,

soluça por suas mãos caridosas,

em apaixonadamente sentir-me no

diminuto pranto na busca do teu peito.

Sorriso de Isis IV (Érica a árvore)

Floresceu rapidamente, ao olhar-me

em martírio latente e tempo ateu,

procurando restos meu, sem perceber que pedaços

se espalhavam em corpo seu

como num passe de magia, 

rodeou-me feito caixa, enredou-me feito lírio,

em um embaralho de proteção e adoração

viste a mim por dentro, inquestionável e imortal, 

gostar tanto reprimido em adorno adorável,

se daria em tempos doados de amor

em saber do seu destino em relato de menino,

caberia a Nut... e a ti rasgar o veu... se mostrar a mim,

sem toques dourados ou cabelos prateados,

e me tornará a abrir, no milagre do sorrir.

Sorriso de Isis V (Pirâmides)

Magia antiga se fez presente

reúne a deusa e fonte de luz,

outros auxiliam em cântico doce

em adoração o amor seduz,

abrandar a cegueira do corpo

transpõe a leveza da alma

empregando a lágrima e a calma

na doação ao alto, em ato de amar.

Além da cura o sinal da leitura

encrostado em paredes que só o tempo irá revelar,

Deusa, diva, santa, amiga se deu de presente

Linda vida, devolve e vai,

sorrirás como fada em ti comigo,

e amarás como o escrito em mim ao abrigo.

Fonte de imagens:
imagens originais: www.google.com.br
imagens finais: Ermitão do giz.

E então pessoal? Como me sai contando essa lenda de amor?

Espero que tenham gostado do presente que escolhi para comemorar um ano de blog.

Comentem, expressem aqui os mais diversos sentimentos de todos nós, seres humanos, contidos e incontidos no ato de representar e apresentar as diversas maneiras de amar.

Obrigado por esse ano inteiro que estamos juntos por aqui.

Fiquem com Deus e um beijo enorme no coração de todos!

Beto Ribeiro

Profissão: "Pai."

Pai Integral!

Olá pessoal!!!!

Engraçado né?

Estudamos a vida inteira para termos uma profissão daquelas que todo mundo quando ouve a gente falar, faz igual aquele gatinho do youtube, "wóóóóóóóóóóóóóóóóóó" kkkkkkkk, porém eu,  além de fazer algumas coisinhas - lícitas é claro! -   pra ganhar uma graninha, considero a minha profissão meio diferente, sim, sou "Profissionalmente Pai", sério!!!!! rsrsrs

É... Tubulação Industrial... Projetos de Engenharia Elétrica... Subestações industriais e prediais... Designer... tudo isso há mais de 25 anos, ratazana de gráfica desde a década de 80 (século passado), inventor de inúmeras maneiras de bancar os gastos do dia-a-dia...

Caramba!!!!

Mas... desde que conheci esta profissão de Pai Integral, não consegui abrir mão do que ela me proporcionou. hehehehehehe

No início fui meio sem jeito, aprender na marra a sentir aquele cheiro não muito legal, das coisas que vem nas fraldas, graças a Deus descartáveis, que já existia sim, há 14 anos atrás. Depois aprender também os outros cursinhos, que servem como pré-requisito ao curso profissionalizante de Pai do século 21, hahahaha, isso mesmo, eu altamente auto-didata, fazendo este tipo de cursinho. Fala sério, né?!

Adorei!!!! kkkk

Thaís Ribeiro - Ribeirídeos 1

Fiz então, um curso de férias, me especializando em multiplicação dos dias, ou melhor, das horas. Acordava cedão, agitava a arrumação da casa, pois, a profissional mãe, saía para trabalhar fora, e eu trocava gradativamente o trabalhar fora, pelo trabalhar dentro e sem experiência na nova profissão, estava ficando cada vez mais dentro, na clausura mesmo, parando quase a respiração!!!! kkkkkkkk

A profissionalização era praticada com uma menina linda, o bebezão da família "Ribeirídeos" kkkkk, e era mais ou menos assim: Dar o café da manhã, limpar a cozinha enquanto ela via uns vídeos de desenho, depois preparava o almoço, dava banho, penteava os cabelos, com tudo que tinha direito, de lacinhos a tranças, fazia as unhas, só não pintava, colocava o almoço e... a soneca da tarde, porque bebe não é de ferro.

Depois da soneca, o passeio pelas ruas próximas e a aula de tradução para o "ribeiridioês" rsrsrs, sim, as traduções do que o bebe falava.

"peluco", o que seria? Duas longas semanas para descobrir que a palavra seria "peru". Ave mesmo!! Que estava sendo criado em uma marmoraria que passávamos em frente, em nossos passeios.

Mais tarde... "Pápica". Seria o quê? PIPOCA!!!!! kkkkk

E por aí foram as aulas de tradução infantinês. rsrsrs

Marina Ribeiro - Ribeirídeos 2

E três anos a mais... veio outra bebezinho... e eu disse, "hahahaha vai ser moleza!!!!!" kkkkkk

E nesse período eu estava totalmente trabalhando dentro, com o meu estúdio plenamente adaptado em de casa, horário de "trabalho artístico", diga-se de passagem, das 8 da noite até as 4 da manhã, acordando entre 6 e 7 da manhã e fazendo tudo quase igualzinho.

E bem seguro de que sabia tudo. Mais uma vez me ferrei!!!! Nunca vi duas pessoas tão diferentes!!!!!!

Tudo novo de novo!!! Acho que já li isso em algum lugar.

Será que isso fazia parte do aprendizado profissional? Será que eu teria que fazer mestrado para aprender a lidar com gente pequena? Xiiiiiiiiiiiiiii...

Aí começaram os trabalhos escolares, impressões, pesquisas, desenhos, maquetes... "Paiiiiiiii... tenho que entregar esse trabalho amanhã. Dá pra me ajudar?" "Pai amanhã vem as meninas aqui em casa para fazermos o trabalho. Dá pra fazer aquela lasanha?" " Tio Beto, vc não acha que assim fica melhor? Esse professor é um ó mesmo, né?" kkkkkk

O meu mestrado foi então sair de casa...

E encontrar muito mais crianças, nas aulas de jazz, nas reuniões escolares, - que durante muito tempo eu era o único homem presente - nos trabalhos que desenvolvi para outras escolas, nas diversas amizades daquelas crianças, que se tornaram homens e moças lindas, e continuam me chamando de "Tio Beto", e na satisfação de ter abraçado esta "Profissão de Pai", como a minha ponte ao exercício do amor incondicional que tento praticar, durante estes anos.

Obrigado Thaís, Marina, Ana julia, Alícia, Lorena, Milena, Taís, João Paulo, Marcos Aurélio, Bernardo, Aninha, Biatriz, Roberta, Ana Luíza...

Aqui tem vários filhos também

Bem... acho que deu para ilustrar mais ou menos o que é ser Profissional Pai, não é? hehehe

E uma frase de uma amiga querida, em um papo nas madrugadas do Facebook, me deixou extremamente emocionado e feliz.

"É... você é igual ao meu pai, deve ser mal do nome... Betinho!!!"

Se ela lembra assim com tanto carinho do Betinho dela, tomara a Deus que outros se lembrem do Betinho aqui, com todo esse carinho, aí sim, eu teria a certeza que o meu trabalho teve sucesso.

Aí pessoal, não basta ser Pai, tem mesmo que participar!!! (Isso é plágio!!!! kkkkkk)

Beijo no coração de todos, fiquem na paz de Deus!

Beto Ribeiro

Nossos olhos... eles falam!

Olhos...

Olá pessoal!!!

... Um buraco na alma!

Essa seria uma definição correta para descrever o que eu estava sentindo no dia de ontem, parecia que faltava alguma coisa, não sabia bem se era o calor escaldante desse Rio de Janeiro, que quando tem dias de 45º a sombra e venta, parece o inferno turbinado, ou a angústia de andar na rua como se estivesse  pisando em brasa sem estar no dia de São João, ou até mesmo estar pilotando fogão sem macacão corta-fogo.

É... o fato é que estava muito ruim andar na rua ontem... mas... aquele olhar...

Estava em um cliente, um colégio, muitas crianças, muita gente, muito calor, muito barulho... e de repente aquele olhar...

Como já falei por aqui, trabalho com alguns colégios, fazendo artes, propaganda, livros, livrinhos... livrinhos!!!!!!

Sim, e esses benditos livrinhos me deixa extremamente feliz, renovam meu final de cada ano, refazem minha alma com energia infantil quando faço as fotos, brinco com as crianças, escuto seus sonhos, e no final entrego suas almas impressas naquelas páginas bem coloridas, que me entrego por dias, no revelar de vontades que muitas vezes não sairão do papel, mas que fizeram por instantes as almas daquelas crianças voarem por lugares desconhecidos num tilintar de sinos, em suas visões coloridas do querer ser. 

E nesse colégio, no último ano, fotografei muitas crianças (como sempre né), mas, por incrível que possa parecer, a menina mais extrovertida, alegre e que conduzia todos os outros colegas para a posição correta da foto, não pode fazer o livro.

Mas não pode por quê?!

Depois me perguntei também.

Sim, a coisa foi essa, ela não fez, e eu mesmo só fico sabendo quem faz ou não faz depois, porque, na hora da confecção é que o colégio me comunica quem irá participar da festa ou não.

Caramba!!!!

Por que será que ela não participou?

Dificuldade talvez dos pais, ou outro motivo que eu não pudesse saber, mas o fato final foi que ela não participou da festa do livro e pronto!

Era ela então!!!!!

Aquele olhar que fez mudar meu dia, aquele sorriso sem mostrar sequer as janelinhas abertas faltando alguns dentinhos ainda, aquela criança linda que sorria com os olhos apenas, que ao me ver sentado calado, me olhou e parou como se por susto, e deve ter pensado: "É o tio das fotos dos livros!!!" "E o meu livro, será que ele esqueceu?" "Mas deve vir ainda, né?"

Tive um misto de alegria e angústia, porque encaro esse trabalho como bem mais que uma simples venda de livrinhos de formatura,  mas como impressão de sonhos, que poderá ser visto e relembrado durante anos, e anos, e anos...

Deus não me deu o dom da escrita, nem da métrica, mas me reservou a beleza de tentar trabalhar a minha alma, e procurar ter a percepção da leitura através da visão e do brilho que cada pessoa produz, que posso captar pelas minhas retinas num emaranhados de cores e sons - as cores pra mim produzem sons - e que somente são decodificados pelo meu coração, de maneira que nem eu sei. rsrs

E aquela luz, nos olhos daquela garotinha, Índigo, Cristal ou até normal, transformou o meu dia, e até me fez mudar o post de hoje. hehehehe

Então pessoal, fica a promessa, colocarei um post aqui quando eu entregar o livrinho dela, atrasado um pouquinho, mas com o mesmo carinho que fiz os outros. hehehehe.

Esse foi o olhar que me encantou!! Que tal? Lindo né?

Valeu gente, fiquem com Deus e beijo no coração de todos.

Beto Ribeiro

Soneto 40º.

Morena de praia!

Linda morena com jambo na cor

se faz de sorriso nesse bronzeado

e bailando em pisadas macias

nessa areia beirada no sal, 

me presenteia com o sol,

e tu revestida em seda igual,

transparece reluzente que em tanga serpenteia,

em formato tal, deslizando na areia, 

te vejo em meio aos sons secos de água em pedra,

a ti miro apenas de longe em mar quebradiço

e espero chegar mais perto a tempo,

e compartilhar então meu olhar,

que em posição de felino a pisar,

me alegro... estarei sempre lá...

Que a paz esteja com todos, fiquem com Deus!

Beijo no coração.

Beto Ribeiro